23 outubro 2010

Tarso cumpre promessa e visita Lajeado do Bugre

Governador eleito Tarso Genro
Com foguetes, bandeirolas e banda de música, Lajeado do Bugre parou ontem para receber o governador eleito, Tarso Genro. Em um comício, o prefeito Olnei Luís Pietrobelli (PDT) perguntou se Tarso conhecia a cidade de 2,5 mil habitantes. A negativa resultou na promessa de visitar se eleito, agora cumprida.
Com um dos piores índices de Desenvolvimento Humano do Estado e sem acesso asfáltico, a cidadezinha do noroeste do Estado se preparou para a visita. A chuva fez o barro tomar conta da pista que conduzia ao município. No dia anterior, a administração patrolou o acesso e tapou buracos na principal rua da cidade.
Uma tenda foi erguida para abrigar o palco principal. Lonas presas por barbantes sustentavam a cobertura improvisada para proteger da chuva.
Sozinhos ou em família, alguns até em trajes sociais, os cidadãos se amontoavam com seus guarda-chuvas junto à rua principal. Bandeiras coloriam os meios-fios e, nas janelas, moradores disputavam espaço.
Na rede municipal, as aulas foram canceladas. As lojas mais distantes do centro fecharam. Alisson tinha três anos em 2001, quando o então governador Olívio Dutra (PT) visitou a cidade. Ontem, aos 13 anos, ele queria presenciar o novo momento histórico:
– É um sonho e uma grande honra para nossa cidade receber um governador.
Tão logo chegou, o governador eleito reuniu-se com prefeitos da Zona da Produção. Entre as pedidos, acesso asfáltico, qualificação técnica e foco na agricultura familiar. Em discurso na sala apertada, Tarso disse que a visita é um símbolo da presença do governo em regiões que precisam de investimentos. Após o compromisso político, o futuro governador discursou por 10 minutos sob o olhar atento do público e dos flashes das máquinas e dos celulares.
Com o respaldo de 69,81% dos eleitores do município, Tarso Genro reafirmou o compromisso de auxiliar o desenvolvimento da comunidade. Antes de partir, atendeu pacientemente pedidos de fotos, abraços e apertos de mão.
– Foi surpreendente, emocionante e inesquecível. Muitos não acreditavam, mas deu certo – disse Pietrobelli.