Estão virando rotina esses ataques utilizando explosivos, afirma delegado |
Os ataques com explosivos a agências do Banco do Brasil de Paverama, na madrugada de hoje, e de Sertão Santana, há cerca de um mês, podem ter ligação já que os projéteis encontrados pela polícia após os crimes são os mesmos: fuzil .762, espingarda calibre 12 e pistola .380. A informação é de Juliano Ferreira, titular da Delegacia de Roubos do Departamento Estadual de Investigações Criminais, que está em Paverama, no Vale do Taquari, para ouvir testemunhas.
— Estão virando rotina esses ataques utilizando explosivos. Pelas características das cápsulas encontradas, são calibres semelhantes aos usados em Sertão Santana — disse Ferreira.
Após detonar o cofre da agência, na Rua 4 de Julho, a principal do município, o bando formado por cinco criminosos fortemente armados e encapuzados e encapuzados fugiu em um Citroën de cor prata.
— Eles saíram atirando para o pessoal fugir — relatou um morador que pediu para não ser identificado.
A Brigada Militar (BM) enviou viaturas de Teutônia, município próximo. No caminho, os policiais encontraram miguelitos no acesso a Paverama. A estratégia também foi usada pelo grupo que escapou depois de atacar o banco em Sertão Santana. A polícia segue as buscas, mas nenhum suspeito foi localizado.
Segundo o delegado, o Banco do Brasil ainda não informou se havia dinheiro nem a quantidade que estava na agência, que ficou totalmente destruída por dentro, com vidros quebrados e o teto no chão. O explosivo arrancou a porta do cofre:
— Foi encontrado um saco com moedas dentro do cofre. Não sabemos se a explosão danificou o dinheiro.
A perícia permanecia na agência nesta manhã. De acordo com Ferreira, o banco ainda está verificando se as câmeras de segurança do local também foram danificadas pelas bombas.
Onde foi
O município de Paverama, que fica a 91 quilômetros de Porto Alegre, tem menos de 10 mil habitantes.