05 novembro 2010

Casal suspeito de utilizar crianças para extorquir vítimas é preso na Capital

Drogas, dinheiro e celulares foram 
encontrados com a dupla 
Crédito: Pedro Revillion
Um casal de jovens foi preso, na madrugada desta sexta-feira, sob a suspeita de utilizar crianças para traficar drogas e extorquir vítimas de assalto, no bairro Restinga, zona Sul de Porto Alegre. Três crianças, de 2, 11 e 13 anos, estavam com a dupla. Elas foram encaminhados ao Conselho Tutelar e ao Departamento Estadual da Criança e do Adolescente (Deca). A ocorrência foi encaminhada à 3ª Delegacia de Polícia de Pronto Atendimento (3ª DPPA).
Com os suspeitos, os policiais militares apreenderam 105 trouxinhas e três torrões de maconha, sete pedras de crack e sete celulares, além de R$ 530,16 em dinheiro trocado. O flagrante ocorreu após o efetivo do 21º Batalhão de Polícia Militar (BPM) ser informado sobre o roubo de um celular de uma mulher na estrada João Antônio da Silveira. Quando a vítima ligou para o seu próprio número, criminosos disseram que ela deveria pagar R$ 100 para reaver o aparelho. Após marcar um local de encontro, a mulher avisou a Brigada Militar sobre o fato. 
Na avenida João Antônio da Silveira, os policiais se depararam com duas crianças, de 11 e de 13 anos, portando o celular para ser devolvido em troca do dinheiro. Ambas indicaram o lugar onde estaria o suposto ladrão, um homem de 22 anos, que foi detido nas proximidades e reconhecido pela vítima. 
O jovem, que tem antecedentes criminais, levou os militares até uma casa, utilizada como ponto de venda de drogas, na vila Castelo, na Restinga Velha, onde teria deixado o celular roubado. No imóvel, estava uma jovem de 18 anos com uma terceira criança, de 2. Foram apreendidos, no local, a droga e os demais celulares, provavelmente roubados. “O ladrão rouba o celular da vítima e troca o aparelho por drogas na boca de fumo. O traficante querendo ganhar mais uma vez usa as crianças para trocar o telefone celular pela importância de R$ 100”, explicou um dos soldados que participou da ação Maurílio Filho. 
As três crianças não eram filhas de nenhum dos dois presos. Os pais serão chamados para prestar esclarecimentos no Conselho Tutelar e no Deca.