09 novembro 2010

Ministro da Educação tentará convencer Justiça a manter validade do Enem

Haddad cancelou viagem com Lula 
para resolver problemas do Enem
Horas depois de a Justiça Federal do Ceará suspender a edição 2010 do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem), o ministro da Educação, Fernando Haddad, concedeu entrevista à imprensa minimizando os problemas constatados na aplicação da prova. Ele atribuiu parte deles, como a encadernação equivocada, à gráfica responsável pela impressão. Haddad garantiu, porém, que o MEC não cogita aplicar a prova de sábado a todos os estudantes novamente. 
A ação foi recomendada pela Defensoria Pública da União (DPU), mas na opinião do ministro não há problemas em aplicar a prova para o universo de estudantes prejudicados, por se tratar de um número "relativamente pequeno de casos". Haddad disse que o MEC vai levar ao conhecimento da Justiça Federal do Ceará as informações que dispõe de que o número de alunos atingidos pelas falhas no último sábado foi pequeno. 
Além disso, ele destacou que o MEC vai garantir que as provas que vierem a ser aplicadas serão rigorosamente comparáveis com as aplicadas no sábado. "Essa é a força que o Enem tem: poder ser refeito para os casos onde ocorreu qualquer tipo de falha", disse o ministro, acrescentando estar confiante de que, com os dados técnicos que serão apresentados à Justiça, a decisão poderá ser revista. 
Haddad disse ainda que somente a quebra de isonomia (igualadade de aplicação da prova para todos os avaliados) caracteriza a revisão de uma prova o que, na sua avaliação, não ocorreu. O ministro contou ainda que, assim que soube do ocorrido, relatou o fato ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva e solicitou permanecer no Brasil. Haddad ia acompanhar Lula na viagem a Moçambique. Segundo ele, o presidente pediu que todas as providências fossem tomadas para preservar o direito dos estudantes.