29 novembro 2010

Roberto Leal lança box com dois álbuns

Roberto Leal lança box com dois álbuns 
O nome António Joaquim Fernandes praticamente não diz nada no Brasil e em Portugal. Tanto aqui, como em terras lusitanas, António é conhecido mesmo como Roberto Leal, um verdadeiro embaixador da cultura portuguesa no Brasil desde que, em 1971, alcançou um estrondoso sucesso com a música "Arrebita".
Passados 38 discos, quase 40 anos de carreira, Roberto Leal está lançando seu mais audacioso projeto unindo as terras irmãs: um box com dois álbuns, "Vamos Brindar!" e "Raiç/Raiz", lançamentos da Movieplay. "São dois discos antagônicos, mas que se complementam. Traz o passado e o presente de Roberto Leal", diz o cantor. No primeiro, Roberto resgata canções consagradas como "Verde Vinho". "Bate o Pé" e "Caninha Verde", todas com instrumentais mais arrojados e modernos.
De quebra, Roberto canta os "viras" musicais, que vai de "O Vira" e "O Vira Safado", ambos de João Ricardo, dos Secos & Molhados, a uma bela homenagem aos Mamonas Assassinas, com "A Festa Ainda pode Ser Bonita", uma espécie de resposta à versão que a banda fez do vira de Roberto. O cantor lembrou emocionado o encontro que teve com o Dinho: "Os Mamonas me levaram a lugares que eu nunca tinha ido."
Já em "Raiç/Raiz", um importante documento de resgate do mirandês, a segunda língua oficial em Portugal. "Tem quase uma sonoridade celta", diz Leal. No álbum, estão modas tradicionais como "La Cirigoça", além de "Vira Virou", de Kleiton Ramil, e a adaptação, de Raul Ellwanger, para "Eu Só Peço a Deus". Sobre a relação Brasil/Portugal, o cantor é enfático: "O Brasil nunca me deixou sentir-me um estrangeiro. Só tenho a agradecer."