Sites dos jornais búlgaros Trud e Kapital |
Filha do búlgaro Pétar Russév, Dilma Rousseff teve sua vitória à presidência do Brasil repercutida em sites e jornais do país situado no Leste europeu. Novonite, principal site de notícias em inglês da Bulgária destacou a descendência da candidata do Partido dos Trabalhadores que comandará o "quinto maior país em termos territoriais e de população" e a "oitava maior economia do mundo".
Segundo o Novonite, a vitória de Dilma se deveu principalmente aos votos que recebeu das classes média e baixa da sociedade brasileira e pelo apoio do "extremamente popular presidente Lula da Silva, cujos dois mandatos transformou o Brasil em uma potência mundial econômica de grande escala".
Especial: Dilma Rousseff, uma mulher na Presidência
O site lembra o bom momento em que vive a economia brasileira, que deve crescer 7,53% este ano, maior crescimento desde 1985, segundo recente pesquisa do Banco Central. Os feitos sociais da ex-chefe de gabinete de Lula — como os 21 milhões de pessoas que saíram da pobreza desde 2003, quando ela trabalhou no governo, e os 15 milhões de novos empregos criados — para justificar a vitória dela que nunca havia sido eleita a um cargo público.
A trajetória do pai Pétar Russév apresentado como um esquerdista búlgado que migrou para a França em 1929 e para a América Latina em 1944, também é destaque. O site Novonite traz ainda uma galeria de fotos e uma extensa biografia de Dilma, bem como uma reportagem sobre os parentes da presidente eleita que ainda vivem no Leste eruopeu.
"O Brasil escolheu sua dama de ferro", noticia o site do jornal econômico Kapital, que lembra o passado guerrilheiro da presidente eleita de origem búlgara. Com a eleição de Dilma, segundo o periódico, o Brasil optou pela continuidade dos projetos iniciados por Lula.
O site do jornal Trud afirma que os brasileiros escolheram sua "mãe de sangue búlgaro" e relembra que, em setembro deste ano, Dilma teria dito que o país situado no Leste europeu estaria em suas prioridades em visitas internacionais. No entanto, o periódico questiona se a protegida de Lula teria carisma suficiente para sair de sua sombra e se tornar uma verdadeira estadista.