25 novembro 2010

Usinas no Rio Uruguai afetarão 12.600 pessoas

Núcleos urbanos e rurais de oito municípios brasileiros e argentinos vão ser afetados pelas barragens das duas usinas que serão construídas no Rio Uruguai. Nesta quinta-feira, no auditório da Unijuí, em Santa Rosa, foi apresentado o resultado do Estudo de Inventário do rio. 
O estudo é a fase inicial do projeto de construção das usinas hidrelétricas Garabi e Panambi, que devem entrar em operação somente daqui a sete anos. O estudo ainda não foi aprovado pelos governos dos dois países. 
Os municípios argentinos de Azara, Itacaruaré e San Javier e a gaúcha Porto Xavier serão parcialmente afetadas. Já Garruchos e Porto Mauá, no Estado, e Garruchos e Alba Posse, no país vizinho, terão seus núcleos urbanos afetadas em mais de 50%. No total, as duas usinas vão atingir 12.600 pessoas. 
—A população ainda continua apreensiva, principalmente os mais idosos, pelo valor sentimental que suas áreas representam. Os mais jovens aprovam, porque visualizam oportunidade de trabalho. O projeto é sério. Vai ser doloroso, mas coisas boas virão depois— disse o prefeito de Porto Mauá, Guerino Pedro Pisoni. 
Além dos técnicos dos consórios que realizaram o estudo, Cnec, Esin e Proa, deu esclarecimentos sobre o projeto de usinas a prefeitos e autoridades o diretor de Planejamento e Engenharia da Eletrobras, Valter Luiz Cardeal de Souza. Ele falou sobre os prazos. 
—Vai ser construída, é um sonho antigo e está no planejamento. A energia é importante para os dois países. Depois desta fase, vem o estudo de viabilidade, o estudo de impacto ambiental, o relatório de impacto ambiental. Isso deve demorar 15 meses. Depois que for obtido as licenças prévia e de instalação, começaremos a obra tão logo—falou Cardeal.