31 dezembro 2010

Alta no preço do cordeiro aquece negócios no Interior

Oferta de animais nas feiras está reduzida
nesta temporada de verão
Com pico de consumo no final do ano, a carne de cordeiro está escassa nas gôndolas do supermercado e a oferta de ovinos encontra-se reduzida. O preço pago pelo frigorífico ao criador tem se mantido em cerca de R$ 10 pela carcaça do cordeiro vivo desde outubro de 2010, o dobro do mesmo período de 2009.
Produto valorizado no campo, entretanto, tem reflexo direto no bolso do consumidor. No varejo, o valor aumentou mais de 50% em relação a dezembro de 2009, dependendo do corte.
Uma demanda reprimida de pelo menos 3 milhões de cabeças por ano é a explicação para a escassez do produto no mercado no país, afirma o presidente da Associação Brasileira de Criadores de Ovinos (Arco), Paulo Schwab.
O Brasil tem um rebanho de 16, 4 milhões de ovinos, segundo o IBGE, com média por ano de consumo, por habitante, de 400 gramas de carne ovina contra 20 quilos de bovina. A expectativa é de que o mercado se mantenha aquecido. O desafio para os próximos cinco anos, acrescenta Schwab, é aumentar o consumo por habitante para 2,3 quilos por ano, o que dependeria da ampliação do plantel para 50 milhões de ovinos.
O mercado
- O corte ovino mais vendido, a paleta, que neste período de 2009 era encontrada nas prateleiras dos supermercados a R$ 12 , hoje não baixa de R$ 19,75
- O produtor está recebendo 100% a mais que em 2009 pela carcaça ovina repassada aos frigoríficos
OS PREÇOS
Valores pagos aos produtores pelo quilo da carcaça:
Setembro R$ 9
Outubro R$ 10
Novembro R$ 10,2
Dezembro R$ 10
* Em dezembro de 2009
o preço pago era de R$ 5
Fonte: Emater