07 dezembro 2010

Ato de apoio a Luciana Genro reúne líderes da sociedade e de partidos adversários

Luciana recebe apoio multipartidário para
concorrer às eleições de 2012
Não tinha cor partidária nem viés ideológico. O ato de apoio à deputada federal Luciana Genro (PSOL) — impedida por lei de concorrer na próxima eleição, porque seu pai foi eleito governador — reuniu líderes da sociedade civil, do Poder Judiciário, do Ministério Público e de partidos adversários.
No auditório lotado da faculdade de Direito da UFRGS, estavam o vice-governador Paulo Feijó (DEM), a senadora eleita Ana Amélia Lemos (PP), o deputado federal Ibsen Pinheiro (PMDB) e o ex-governador Olívio Dutra (PT), entre outros expoentes da política gaúcha. Todos defendiam que Luciana seja liberada para disputar a vereança da Capital em 2012, como ela almeja.
Depois que Tarso Genro venceu a eleição ao Piratini, Luciana acabou enquadrada em um dispositivo constitucional: para evitar nepotismo, a lei impede que cônjuges filhos ou netos concorram a cargos hierarquicamente inferiores.
— Esta é uma legislação superada, de conteúdo moralista, que resulta numa injustiça: uma deputada de oposição fica impossibilitada de concorrer porque o pai é governador — protestou Ibsen.
Tarso não compareceu ao evento devido a compromissos com o presidente Lula, em Brasília, mas emitiu uma nota jurídica defendendo a filha. Assinando como advogado e ex-ministro da Justiça, o governador eleito contestava a legislação apresentando argumentos que permitiriam a legibilidade de Luciana.
— O parlamento precisa de pessoas sérias e honestas, e Luciana agrega essas características — disse o vice-governador atual, Paulo Feijó.