25 janeiro 2011

Assassino confesso de Palhoça diz que procurou a polícia porque não conseguia dormir

Suspeito afirmou que matou a
vítima a marretadas
Dos três corpos encontrados nos fundos de uma residência em Palhoça, na Grande Florianópolis, um deles seria do Rio Grande do Sul. É o que afirma o homem que confessou pelo menos um dos assassinatos e que se entregou na terça-feira à polícia.
— Custei a acreditar na história, parecia uma conversa de bêbado. Mas era verdade – revelou o chefe de investigações da 1ª DP de Gravataí, no Rio Grande do Sul, Jair Gonçalves. 
Por volta das 14h desta terça, Gonçalves contou que foi procurado por Daniel de Lima, 22 anos, na delegacia. Visivelmente embriagado, Daniel dizia que há dias não conseguia dormir.
— Ele não falava coisa com coisa, disse que tinha procurado a Brigada e o haviam botado para correr. Contou que, todas as noites, sonhava que levava uma marretada na cabeça, por isso não conseguia dormir, e então queria confessar que havia matado três pessoas e as enterrado em Santa Catarina. Achei que era loucura, mas comecei a conversar, e vi que a história tinha algum fundamento — disse o policial.
Mortos a marretada
Sem saber o nome das vítimas, Daniel narrou que matou dois deles a marretada, enquanto dormiam no chão. Depois, foi ao Fiesta vermelho no qual dormia o terceiro homem, também desferiu uma marretada e, como a vítima não morreu com o golpe, aplicou-lhe ainda uma machadada. Em seguida, cavou uma cova e enterrou o trio. O crime teria ocorrido para roubar o automóvel, vendido posteriormente a um índio.
O crime teria ocorrido em 22 de dezembro. Daniel conta que, três dias depois, viajou para a casa de amigos no Bairro Cavalhada, em Gravataí. Mas a dor na consciência o fez procurar a polícia.
— Ele nos disse que recém havia conhecido os homens. Um tinha apelido de Gauchinho. O outro, um tal de Marcos, seria de Criciúma. O terceiro era um carioca — completou Jair.
Catarinense, Daniel não tem antecedentes policiais no Rio Grande do Sul e, até a manhã desta terça-feira, a polícia catarinense não havia confirmado se ele tinha passagens pelo sistema prisional.