22 janeiro 2011

Estiagem afeta abates no Estado

Bovinos de propriedades localizadas na
 Metade Sul sofrem os efeitos da falta de 

água e alimento
Com a seca se prolongando nos campos do Estado, o impacto da falta de chuva sobre a pecuária está migrando para os frigoríficos. Depois de um 2010 de recuperação do rebanho bovino, a escala de abates registra no primeiro mês deste ano redução de pelo menos 30%, segundo estimativa do Sindicato da Indústria de Carnes e Derivados no Estado (Sicadergs).
Embora os números de janeiro ainda não estejam fechados, o presidente da entidade, Ronei Lauxen, explica que a redução na escala tem sido tema recorrente de conversas com representantes de frigoríficos e ocorre em praticamente todo o Estado:
— Ou o boi não está pronto, ou está difícil de conseguir.
Um quadro muito diferente do último ano, quando as empresas recuperaram um bom patamar de abate, como observa Lauxen, atingindo um crescimento de volume mais de 20% na comparação com 2009. Nos últimos sete meses, o movimento considerado normal girava em torno de 130 mil a 150 mil cabeças abatidas por mês. Ainda que não exista risco de o produto faltar, o reflexo do atual cenário pode vir embutido no preço: o custo na compra do boi teve aumento de 5%, valor que, segundo a Associação Gaúcha de Supermercados ainda não chegou ao varejo.