22 janeiro 2011

Madeira é potencial a explorar na região

Indústrias como Alibem (foto) e 
Camera Agroalimentos compram
 70% da madeira que consomem 
de fora da região
O plantio de árvores para consumo, a silvicultura de pinus e eucalipto, é mais forte na Metade Sul do Estado. Aqui ainda é incipiente. Isso porque as grandes indústrias de celulose compraram áreas de terra onde ela é barata. Estas informações partiram do engenheiro florestal Émerson Scichinel ao avaliar o segmento econômico no Noroeste Gaúcho. Enfatizou que a região tem um potencial fantástico, ainda inexplorado.
Em Santa Rosa há 15 investidores fortes no plantio de eucaliptos e pinus, com 20 a 30 hectares cada produtor. E, o perfil das plantações está mais voltado às indústrias moveleiras, setor em expansão. "Trata-se de um investimento de longo prazo, de 15 a 18 anos até gerar retorno", explica o engenheiro. Mesmo assim, assegura, é um investimento compensador. "O serviço todo é no primeiro ano de vida das mudas. Depois os cuidados são menores e trata-se de uma cultura bem menos suscetível às intempéries", observa.
O consumo de lenha apresenta crescimento em Santa Rosa, em função da atividade industrial aquecida e das demandas habituais em comércios e estabelecimentos de serviço. E falta lenha. Quadro que só não é crítico porque veio muita madeira nativa de áreas invadidas pelas barragens, cuja utilização é autorizada pelos órgãos governamentais. Mas está acabando e a dependência externa varia entre 50% e 70%.
Já se faz investimentos casados entre silvicultura e criação de gado, a partir de as plantas estarem em tamanho ideal, opção que deve ser estudada e ganhará espaço na região A idéia é conhecer os projetos desenvolvidos pelo INPA na Argentina, onde já é ramo consolidado na economia.