06 janeiro 2011

Oito ministérios vão atuar no "PAC da miséria"

Oito ministérios vão atuar no PAC da miséria 
O programa de erradicação da extrema pobreza, discutido nesta quinta pela presidente Dilma Rousseff e ministros, terá como modelo de gestão o Programa de Aceleração do Crescimento (PAC), com prestação de contas anuais e um comitê gestor formado por oito ministérios: Desenvolvimento Social, Planejamento, Fazenda, Casa Civil, Educação, Saúde, Trabalho e Desenvolvimento Agrário.
O programa, segundo a ministra do Desenvolvimento Social, Tereza Campello, vai atuar em três frentes: inclusão produtiva, ampliação da rede de serviços sociais do governo e a continuação da ampliação da rede de benefícios. Além disso, de acordo com a ministra, o governo trabalha na definição de uma linha de pobreza para identificar quem será beneficiado pelo programa.
A ex-secretária executiva do Ministério do Desenvolvimento Social Ana Fonseca, responsável pelo programa Bolsa Família no governo do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, será responsável agora pelo programa de erradicação da extrema pobreza.
De acordo com Tereza Campello, um comitê gestor foi criado no centro do governo, coordenado pelo Ministério Desenvolvimento Social, com a participação dos ministérios do Planejamento, da Fazenda e da Casa Civil. Ao todo, o ministério terá a colaboração de oito pastas.
“Vamos organizar, no próximo período, essas metas e trabalhar em reuniões bilaterais. No comitê gestor, vamos organizar o desenho do programa e apresentá-lo à sociedade e aos parceiros estratégicos, entre eles os governos estaduais e municipais”, afirmou.
Nova reunião deve ocorrer na próxima semana
A exemplo do PAC, o programa deverá agrupar outras ações implantadas por governo anteriores. “Não se trata apenas de uma soma de programas”, disse a ministra ao caracterizar a iniciativa como um modelo de gestão
Com a reunião de hoje, iniciou-se o período de coleta de sugestões dos integrantes do novo governo. A expectativa é que uma nova reunião ocorra na próxima semana e que, a partir daí, elas sejam realizadas com mais regularidade.
“Estamos trabalhando no sentido de universalizar a rede de serviços. Essa é uma expectativa do governo. Não vamos atacar a agenda da pobreza apenas com políticas de transferência de renda. Nossa agenda é de inclusão social e produtiva, de ampliação da rede de serviços públicos, de saneamento, oferta de água, saúde, educação e qualificação profissional”, disse Ana Fonseca.