23 fevereiro 2011

“Christchurch está tremendo até agora”, conta gaúcho

Terremoto na Nova Zelândia

Uma semana após ler, casualmente, um manual de como proceder em caso de terremotos, o porto-alegrense Oscar Augusto Lupinacci Luce pôde colocar as instruções em prática. Ele estava no centro de Christchurch, a segunda maior cidade da Nova Zelândia, atingida por um terremoto na terça-feira (segunda-feira à noite no Brasil). Saía do curso de inglês quando sentiu o tremor de aproximadamente 30 segundos e 6,3 graus _ 75 mortes já foram confirmadas e centenas de pessoas continuam desaparecidas.
– Tinha acabado a aula e eu estava falando com meus pais no MSN. Saí do prédio e fui tirando fotos em direção ao centro quando deu um segundo tremor e mandaram todos irem para uma praça fora do centro. Caía tijolo de tudo quanto era lado – conta.
Tremores secundários continuam sendo sentidos na cidade. Por isso, muitas pessoas preferiram dormir em barracas ou dentro dos carros. Quem ficou em casa manteve as portas abertas, para o caso de precisar sair imediatamente:
– Dormi na casa porque é de madeira e o dono fez uma vistoria e disse que não havia risco. Mas levantei duas vezes esta noite por causa da tremedeira.
Oscar relata que Christchurch estava vazia na tarde desta quarta-feira (início da madrugada de quarta-feira no Brasil).
A luz havia sido restabelecida, mas o fornecimento de água continuava suspenso.
–  Apenas caminhões do exército e ambulâncias transitam no Centro – relata Oscar.
Apesar do incidente, o gaúcho continua na cidade, e elogia a infraestrutura dos neozelandeses para terremotos. No final de março, retorna a Porto Alegre – com uma imagem positiva de Christchurch:
–É uma bela cidade, bem histórica e inglesa, com ônibus de dois andares e bons museus para visitar.