18 abril 2011

Empresas aumentam benefícios para segurar funcionários sondados por concorrentes

Promoção e auxílio para pagar a faculdade
fizeram Rosângela permanecer na empresa
Foto:  Fernando Gomes  /  Agencia RBS
Rosângela Sanhudo recebeu subsídio para a faculdade e Lucas Medina joga videogame no escritório, em pleno expediente. O que os une é serem beneficiários de um novo momento nas relações entre patrões e empregados, decorrente do aquecimento do mercado de trabalho. 
Profissionais de áreas em que há mais vagas do que gente para trabalhar, os dois representam uma fatia de brasileiros que ganhou poder de barganha para negociar vantagens, ficou em condição de optar por mais qualidade de vida ou recebeu vantagens inesperadas como vacina contra a tentação de trocar de empresa.
Rosângela e Medina estão em uma das áreas mais valorizadas do mercado, a de tecnologia. Com as empresas saindo no braço para arregimentar engenheiros e profissionais de informática, quem tem a qualificação certa, como eles, acaba por acumular benefícios. Funcionária da Digitel com longa experiência no campo da tecnologia da informação, Rosângela, 32 anos, recebe sondagens o tempo inteiro. 
Para retê-la, a empresa teve de oferecer um pacote competitivo, que contemplasse a possibilidade de crescimento. A negociação ocorreu em 2009, quando uma proposta, com salário superior, balançou Rosângela. Ela ficou porque a empresa lhe ofereceu uma promoção e auxílio para pagar a mensalidade da graduação em Sistemas de Informação, sua segunda faculdade.