19 maio 2011

Moradores podem ser multados por descuido com o combate à dengue

Luís Frey, reprodução RBS TV Santa Rosa
Com 133 casos confirmados da doença, a Vigilância em Saúde de  Santa Rosa intensificou a fiscalização em locais estratégicos e atende a diversas denúncias de descaso.
Diariamente a Vigilância recebe ligações de moradores denunciando incidência de água parada, onde podem se formar criadouros do mosquito da dengue.
São fiscalizadas, em média, 10 casas e terrenos por dia, denunciados pela população. Uma equipe específica é destinada para fazer este tipo de serviço.
Em uma das residências visitadas, as larvas estavam em uma vasilha de plástico. O morador foi notificado e em cinco dias os agentes retornam para avaliar se o problema foi resolvido. Caso contrário, ele será multado.
- Todo cidadão pode realizar denúncia. A pessoa pode ligar e se identificar. É sigiloso, apenas para controle interno. Mas a gente precisa saber seu nome e endereço para saber da procedência da denúncia e ir resolver a situação – explica a presidente da Fundação Municipal de Saúde, Karina Kucharski.
Em 40% dos casos denunciados, os agentes não encontram água parada.
- Antes de fazer a denúncia a pessoa precisa entender que temos gastos, com combustível e equipe para atendê-la. Primeiro, é importante tentar falar com o vizinho e se não houver solução, aí sim, ligar para a Vigilância – recomenda o diretor da Vigilância em Saúde, Antônio Palhano.
As denúncias também são feitas quando há água parada na rua. Em alguns lugares, a água sai das calhas. De acordo com a Vigilância em Saúde, a situação foi repassada à Secretaria de Obras, que deve solucionar o problema.
Para combater as larvas e o mosquito da dengue, a Fundação Municipal de Saúde conta com a ajuda da população. Neste sábado será feita uma blitz no centro da cidade com entrega de panfletos explicando a importância da comunidade ajudar neste combate.
- A gente quer chegar nas pessoas e explicar a importância da responsabilidade e parceria de cada um, em torno de uma causa única – destaca Karina.
O mutirão também pretende reduzir o índice de infestação que hoje chega a 4.1%, quando o máximo tolerado pelo Ministério da Saúde é de 1%.