18 junho 2011

Fotógrafo não tinha percebido casal se beijando em foto da confusão em Vancouver

Fotógrafo acreditou que o casal estava ferido
O quebra-quebra acontecido em Vancouver na madrugada de quarta-feira depois a perda do título da NHL pelo Vancouver Canucks ficou marcada por uma única foto: a do casal Scott Jones e Alex Thomas se beijando na rua em meio a pessoas correndo, policiais fazendo cordão de isolamento e uma cortina de fumaça no entorno.
Os casal, até então desconhecido, saiu do anonimato quando o pai de Jones, Brett, comentou a imagem no Facebook. O filho nasceu em Melbourne, mas saiu da Austrália e mora em Vancouver há cerca de seis meses, tentando a vida no ramo do stand-up comedy. Logo depois, a irmã de Jones, Hannah, disse que o irmão estava ficando famoso. A resposta de Jones foi que “tinham sido empurrados pela polícia e que Alex precisava que algum conforto”.
Mas nem o próprio autor da foto entendeu direito o que acontecia. O canadense Richard Lam estava cobrindo os distúrbios quando viu duas pessoas no chão em uma rua vazia. “Era um caos completo. Dois carros tinham sido incinerados e quando eu vi algumas pessoas tentavam saquear uma loja. Nesta hora, a polícia veio para cima da multidão. Quando eu parei de correr, percebi que tinha um espaço atrás cordão de isolamento dos policiais, com duas pessoas deitadas no chão”, contou Lam ao jornal “The Guardian”.
“Eu soube que tinha uma boa foto quando flagrei as silhuetas imóveis com um fundo de caos. Mas somente ao voltar para enviar as imagens que o meu editor disse elas não estavam feridas, mas se beijando”, revelou o fotógrafo.
Com a mesma velocidade em que a foto ganhou destaque pela internet, alguns apontavam a possibilidade da foto ter sido forjada. Mas uma testemunha, identificada apenas como William, escreveu ao “Vancouver Sun” que Jones e Alex foram mesmo vítimas da ação da polícia.
“A polícia avançou sobre a multidão, e o casal tentou ficar junto, mas não conseguiu reagir à tempo, sendo empurrados por dois policiais. A garota bateu com a cabeça no chão, com o namorado tentando segurá-la. Ela estava em dor visível, chorando, enquanto os policiais seguiam em frente”, dizia a testemunha, que estava no topo de um dos estacionamentos do centro da cidade.