08 julho 2011

Marina Silva afirma que “política não é monopólio dos partidos”

Após sair do PV, Marina Silva afirma que política não é 
monopólio dos partidos 
Crédito: Renato Araújo / ABr / CP
A ex-senadora Marina Silva, que se desfiliou do PV ontem, concedeu entrevista na tarde desta sexta-feira à Rádio Guaíba defendendo “uma nova forma de fazer política”. Apesar de ter recebido certa de 20 milhões de votos na campanha eleitoral do ano passado, ela disse que não vislumbra a disputa presidencial para 2014 neste momento, embora não descarte se lançar candidata novamente. “A política não é monopólio dos partidos.”
Marina contou estar decepcionada com a política do País atualmente. “O sistema político brasileiro está estagnado e os partidos também. Viraram máquina de disputar o poder pelo poder”, definiu. Para ela, a saída do PV se é uma medida de “voltar a encontrar o sonho”. Mesmo sem partido, ela prometeu “trabalhar para que as propostas que apresentei ganhem força”.
Para a ex-senadora, a saída do PV faz tanto ela quanto o partido “perderem no particular, mas ganharem no atacado”. Ela criticou a ex-legenda: “Se eu defendo a democracia como é que eu vou justificar um partido que não faz eleição para escolher seus dirigentes? Que nomeia os dirigente e os afasta ao bel prazer do seu presidente o quem quer que seja”.
A saída do PV, na visão dela, acarreta algum prejuízo para a sua carreira, “mas vale a pena”. Ela adiantou que o movimento que irá liderar tem “pessoas do PV e de outros partidos” e adiantou que a internet – assim como na sua campanha – será uma de suas principais plataformas de divulgação.
Marina não promete candidatura
Principal surpresa das eleições de 2010, Marina não garante que irá concorrer ao próximo pleito nacional. Entretanto, a possibilidade não está totalmente afastada: “Se em 2014, com legitimidade, as circunstâncias da política do Brasil exigirem um passo nesta direção, eu peço a Deus coragem para dá-lo. Neste momento eu não sei se serei candidata ou não. Neste momento é bom, porque quando você fica candidato, tudo o que você faz já tem um passo marcado”, contou ela, que disse que este processo a deixa “prisioneira”.