O ex-chefe do FMI Dominique Strauss-Kahn sorri, ao lado da mulher, ao deixar o tribunal nesta sexta-feira (1º) em Nova York (Foto: AP) |
A suposta vítima da agressão sexual pelo ex-chefe do FMI Dominique Strauss-Kahn deu um falso testemunho no tribunal, omitindo o fato de que limpou outro quarto antes de transmitir aos supervisores do hotel sua denúncia de ter sido atacada, revelaram nesta sexta-feira (1º) os promotores do caso.
A revelação foi feita durante audiência em que o juiz Michael Obus mandou libertar Strauss-Kahn, que estava sob prisão domiciliar em Manhattan, acusado de abuso sexual contra a camareira. Ele nega todas as acusações, que o levaram a renunciar a seu cargo no fundo.
"A autora da queixa desde então admitiu que este testemunho era falso e que, após o incidente no quarto 2.086, procedeu a limpar um quarto próximo e depois voltou ao quarto 2.086 e começou a limpá-lo antes de reportar o incidente a seus supervisores", relataram os promotores, segundo documentos do tribunal.
O juiz, durante a audiência, também decidiu devolver a fiança, no valor total de US$ 6 milhões, mas manteve retidos os documentos de viagem do francês.
Strauss-Kahn é acusado de agressão sexual, em um caso que levou à sua renúncia do principal posto do organismo financeiro internacional.
Promotores disseram na audiência que a credibilidade da camareira de hotel que está no centro do caso foi colocada em dúvida.
"Entendo que as circunstâncias desse caso mudaram substancialmente e concordo que o risco de que ele não compareça aqui diminuiu consideravelmente. Eu libero o sr. Strauss-Kahn sem o pagamento de fiança", disse o juiz Michael Obus.
O caso continuará sob investigação da promotoria, segundo o juiz.