26 agosto 2011

Caminhoneiro morto em acidente pensava em deixar a profissão

Por wagner_machado
O grave acidente envolvendo três caminhões e que resultou na morte de quatro pessoas na madrugada desta quinta-feira, km-509 da BR-285, em Vitória das Missões, não foi um caso isolado. Em pouco mais de um mês, três acidentes causaram a morte de seis pessoas no mesmo local. Ciente dos riscos de trabalhar na estrada, o caminhoneiro Julio César Carpes Webber, de 45 anos, uma das vítimas do acidente de hoje, pensava em deixar a profissão.
— Ele queria deixar a vida de caminhoneiro porque considerava muito arriscada e estava perdendo a infância dos filhos — conta Jackson Soares, cunhado do motorista.
Webber era caminhoneiro há mais de 25 anos. Vivia com a companheira Kátia das Dores há 12 anos e teve com ela três filhos, hoje com dois, quatro e sete anos. Considerava-se pai da filha de Kátia, de 12 anos, que criou desde bebê.
Outra vítima, o também caminhoneiro Antonio Roberto Corrêa Dinat, de 36 anos, era casado com Carla Dinat e tinha um filho, Eduardo, de sete anos. Começou a dirigir caminhões com 19 anos, assim que saiu do quartel. Como gostava muito de viajar, acreditava que a profissão era uma forma de conhecer lugares novos.
A poucos quilômetros de chegar a salvo em casa, o casal Marco Antônio Timotheo, 28 anos, e Aline de Borba, de 25 anos, também se envolveu no acidente. Caminhoneiro por opção, Timotheo voltava para casa dos pais, em Passo Fundo, a cada três semanas. Era a primeira vez que a namorada o acompanhava em uma viagem. Ela deixa o filho Norton, de 4 anos. Timotheo também tinha uma filha de 12 anos, que reside em Ernestina.