Em assembleia, professores definirão se vão entrar em greve |
A expectativa do Cpers/ Sindicato é de grande adesão dos professores à paralisação marcada para esta sexta-feira. A presidente da entidade Rejane de Oliveira, que será reempossada no cargo amanhã, pede apoio da população e orienta os pais a não mandarem os filhos para a escola. Caso o governador Tarso Genro não sinalize com a implementação imediata do piso nacional da categoria, principal reivindicação do magistério, os educadores podem fazer greve até o fim do ano letivo.
A assembleia dos professores está marcada para as 17h de amanhã, quando os trabalhadores devem realizar um ato público no Gigantinho. Os núcleos do sindicato no interior confirmaram a participação de 2,5 mil professores na reunião, segundo o Cpers. Além do piso nacional, a categoria pede planos de carreira. Fora da Capital, serão promovidas passeatas, visitas a órgãos públicos e debates nas escolas. No Gigantinho, será lançado o movimento em defesa da educação pública.
A paralisação dos professores surpreende a Secretaria da Educação, que não reforça a orientação dada pelo sindicato para que pais não mandem os filhos para as escolas. A secretária-adjunta da Educação, Maria Eulália Nascimento, disse que não há indicação para que o ponto dos grevistas seja cortado, mas que as faltas desta sexta-feira serão registradas como participação em atividade sindical para uma negociação futura. Ela ressaltou que o governo acaba de encaminhar projeto de abono dos dias de paralisação do magistério entre 2008 e 2009.
A secretária-adjunta informou ainda que o governo está em período de cumprimento integral de acordo promovido pelo próprio Cpers feito em abril e aprovado pela Assembleia Legislativa. Para Maria Eulália, não há movimento de retrocesso por parte do governo no que diz respeito a compromissos assumidos com professores e com a comunidade escolar. Portanto, segundo ela, não há motivos para uma paralisação num processo em que governo do Estado e a Secretaria da Educação cumprem compromissos assumidos com promoções, abono de dias de greve, reajuste concedidos e outros 27 pontos da negociação.
O secretário da Educação, José Clóvis de Azevedo, explicou, em nota, que o piso foi solicitado pelo sindicato após assinatura do acordo de abril. "Temos razões para aguardar a decisão do Supremo. Questões orçamentárias precisam ser avaliadas para apresentarmos o calendário de implantação", disse.