01 agosto 2011

Obama anuncia acordo para evitar moratória dos EUA

Obama anuncia acordo para evitar moratória dos EUA 
Crédito: Jewel Samad / AFP / CP
O presidente americano, Barack Obama, anunciou na noite deste domingo que chegou a um acordo de última hora com os líderes congressistas para evitar um desastrosa moratória que levaria caos para a economia mundial. "Gostaria de anunciar que os líderes dos dois partidos em ambas as câmaras chegaram a um acordo que irá reduzir o déficit e evitar um default, um default que teria efeitos devastadores em nossa economia", disse Obama, em declaração na Casa Branca. 
Segundo Obama, o plano é de cortar 1 trilhão de dólares em dez anos. O país, que está endividado até o seu limite legal, de US$ 14,3 trilhões, precisa aumentar esse teto para evitar que seja necessário suspender o pagamento aos credores depois do dia 2 de agosto. 
No Congresso americano, líderes do Senado - com maioria democrata - e a Casa dos Representantes - liderada pelos republicanos - informaram que apresentarão para suas bases o rascunho do plano na segunda-feira, antes da votação final para aprovar o acordo. "Não terminamos ainda: quero pedir aos membros de ambos os partidos que façam a coisa certa e apoiem esse acordo com seus votos nos próximos dias", disse Obama, que corre contra o tempo.
A economia americana alcançou seu limite de endividamento em 16 de maio e usou ajustes de contabilidade, assim como receitas fiscais mais altas que o previsto, para seguir operando normalmente, mas só pode continuar dessa forma até a meia-noite de terça-feira. Líderes empresariais e financeiros advertiram que o não cumprimento dos pagamentos se traduziria em consequências catastróficas para a frágil economia americana, que ainda luta com um persistente desemprego de 9,2% na esteira da crise global de 2008.
Sem o acordo, o governo dos Estados Unidos deverá cortar estimados 40 centavos de cada dólar que gastar, obrigando-o a tomar duras decisões entre elas abandonar ou cortar programas como os que dão ajuda aos pobres, aos inválidos e aos idosos. 
O líder da maioria (democrata) no Senado dos Estados Unidos, Harry Reid, disse mais cedo a jornalistas que assinou um acordo no qual afirma que aceita uma proposta bipartidária.. A declaração foi feita após uma reunião com a deputada Nancy Pelosi, líder democrata na Câmara.