05 setembro 2011

John Deere é investigada por demissões em Horizontina

Ministério Público alega que afastamento de 104 

funcionários foi feito sem justificativa

O Ministério Público do Trabalho (MPT) de Santo Ângelo instaurou um inquérito civil para investigar a demissão em massa da unidade da multinacional John Deere, em Horizontina, na Fronteira Noroeste. Uma audiência com a empresa e o sindicato dos trabalhadores foi marcada para a tarde de quinta-feira, no prédio do MPT em Santo Ângelo. 
O procurador do Trabalho Marcelo Goulart explicou que a rescisão unilateral do contrato de trabalho de 104 empregados foi feita "sem qualquer justificativa e/ou negociação coletiva com o sindicato obreiro”. Em abril deste ano, a empresa já havia demitido outros 230 trabalhadores da planta fabricante de colheitadeiras e plantadeiras.
Goulart explica que a demissão coletiva não é proibida, mas deve ser comunicada com antecedência ao sindicato representante dos trabalhadores e ao Ministério do Trabalho e Emprego (MTE). Além disso, a empresa precisa negociar com o sindicato medidas que visem evitar, limitar e compensar as rescisões.