25 outubro 2011

Corsan pagará mais de R$ 12 milhões em indenizações por acidente

Tragédia do ônibus escolar que caiu na barragem da Corsan em 2004 
Crédito: Rodrigo Finardi / Especial CP
Um grupo de 47 pessoas representadas pelo advogado Irineu Gehlen, decidiu aceitar a proposta da Corsan sobre a indenização por dano moral das vítimas da tragédia do ônibus escolar que caiu na barragem da estatal, em 2004. O acidente vitimou 17 pessoas. O acerto final foi de R$ 12.243 milhões.
O advogado das famílias fez uma proposta R$ 13,5 milhões à Corsan, mas ele contou na noite desta segunda-feira que após explicar às famílias todos os detalhes, elas decidiram que a melhor opção seria aceitar a proposta da empresa. De acordo com o advogado, o acordo judicial foi fechado ainda no sábado entre ele e a Corsan, mas a decisão final só seria anunciada oficialmente depois das famílias terem ciência dos detalhes. “Na tarde de hoje o acordo foi ajuizado na Vara da Fazenda Pública de Erechim”, revelou.
À noite, na Comunidade Argenta, onde ocorreu o acidente, ele reuniu-se com as famílias que representava. Gehlen explicou que a Corsan terá 15 dias, a partir da homologação da Justiça – o que deve ocorrer em breve – para depositar o dinheiro em juízo.
Famílias que perderam filho receberão no mínimo meio milhão
Segundo o advogado, as famílias que perderam filhos não receberão menos de R$ 500 mil cada uma. O advogado representou na ação 14 famílias que perderam filhos na tragédia, além de todos os sobreviventes e suas famílias dos sobreviventes, chegando ao total de 47 pessoas.
Irineu Gehlen explicou ainda que acionou na Justiça a Corsan e como réus solidários o município de Erechim, através da prefeitura, as empresas de ônibus envolvidas no transporte escolar, e o motorista do ônibus que caiu na barragem provocando a tragédia. “Mas eu escolhi a Corsan para não entrar no risco do precatório. A Corsan é uma empresa de economia mista cujo patrimônio pode ser passível de penhora judicial”, explicou o advogado.
Tragédia aconteceu há sete anos
A tragédia ocorreu no dia 22 de setembro de 2004 quando um ônibus escolar caiu dentro do lago da barragem da Corsan por volta das 7h vitimando 17 pessoas (16 crianças e adolescentes, todos estudantes à caminho da escola, e uma monitora). O advogado Irineu Gehlen também é assistente de acusação no processo criminal que já está em fase final de instrução. Neste caso irá a julgamento o motorista do ônibus pelo juiz da Vara Criminal de Erechim. Não será júri popular. As outras três famílias de vítimas possuem outros representantes.