Com 133 dias de duração, o período vai até 26 de fevereiro |
À 0h deste domingo, os brasileiros de 11 Estados e do Distrito Federal devem adiantar seus relógios em uma hora.
Com 133 dias de duração, o horário de verão 2011-2012 vai se estender de 16 de outubro a 26 de fevereiro, e será o mais longo desde 1985. Além dos Estados das regiões Sul, Sudeste e Centro-Oeste, este ano, a pedido do governador Jaques Wagner (e apesar dos protestos de parte da população), a Bahia também vai aderir.
Segundo o Operador Nacional do Sistema (ONS), vai proporcionar uma redução de demanda de energia entre 4,5% e 5%, o que equivale a mais de 2,6 mil megawatts (MW).
O horário de verão, com os relógios sendo adiantados em uma hora, é adotado como alternativa para aproveitar a luminosidade natural dos dias mais longos do ano. Com isso, evita-se o aumento da demanda justamente nos horários de pico do final da tarde e do início da noite, permitindo que as pessoas deixem o trabalho e retornem para casa ainda com a luz solar.
A edição deste verão foi estendida em uma semana devido à coincidência entre o Carnaval e a data habitual do final do horário, o terceiro domingo de fevereiro, estabelecida pelo Decreto nº 6585, de 2008. Nestes casos, o próprio decreto prevê o adiamento. O objetivo é evitar que, em meio a um feriado, a população esqueça de ajustar os relógios.
Segundo o ONS, o maior impacto do horário de verão se dá na redução da demanda do sistema no horário de pico de consumo. Para esta edição, o ONS prevê redução de 4,6% na demanda das regiões Sudeste e Centro-Oeste, ou 2.050 MW, suficiente atender duas vezes a necessidade de Belo Horizonte. Para a Região Sul, a economia prevista é 4,9%, cerca de 600 MW, três vezes a demanda de Florianópolis. A redução total de consumo deve ficar em torno de 0,5%.
Além da reduzir o gasto de energia, o horário de verão proporciona outras formas de economia. A mais significativa é evitar a necessidade de investimentos para expandir a capacidade instalada de geração de energia e atender a uma demanda mais elevada. Segundo estimativa do ONS, o custo alcança R$ 3,6 bilhões.