17 novembro 2011

Sobrevivente relata como ocorreu acidente entre ônibus e carro em Santa Rosa

Por Deise Froelich
Ainda assustada com o acidente na noite desta quarta-feira, na rodovia que liga Santa Rosa a Três de Maio (BR-472), noroeste do Estado, a estudante de Ciências Contábeis Magali Rückert, 24 anos, conta como reagiram os passageiros do ônibus que colidiu frontalmente com um Chevette. Magali estava sentada no primeiro banco e viu como ocorreu o acidente.
No acidente, morreu o músico Jesiel Krevin, 35 anos, que conduzia o Chevette. Os 28 estudantes de Administração, Ciências, Direito e cursinho pré-vestibular que estavam no ônibus não se feriram.
Como foi o acidente?
Estudante Magali – Foi tudo muito rápido. Eu disse para o César, que era o motorista, que não tinha como a gente sair dali porque o outro motorista veio bem de frente. Não deu para enxergar quando ele estava vindo, porque estava sem luz e quando vimos, ele já estava em cima de nós. O César fez de tudo, mas não tinha como escapar. Ele tremia, mas não tinha o que fazer.
De que forma os estudantes que estavam no ônibus reagiram?
Magali – A princípio não nos assustamos tanto, porque muitos estavam dormindo. Deu a batida e o motorista logo conseguiu parar. Todo mundo saiu e viu que nenhum dos passageiros se machucou. De qualquer modo, alguns choraram apavorados por causa do susto e ao perceber que o cara do carro morreu.
Você já tinha passado por algo parecido?
Magali – Não e acho que por isso ainda não caiu a ficha. Pelo menos nós não nos machucamos. Eu disse pro César que ele ainda salvou 28 vidas. Ele tremia muito ao ver o que aconteceu. Na hora, ele foi muito seguro no que fez, travou tudo o que podia. Até quando saímos do ônibus tinha um cheiro forte de pneu queimado.