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Carlos Lupi entrega o cargo de Ministro do Trabalho Crédito: Antonio Cruz/ABr |
O ministro do Trabalho, Carlos Lupi, apresentou seu pedido de exoneração do cargo à presidente Dilma Rousseff em reunião realizada neste domingo. Seu cargo estava sob forte pressão nas últimas semanas, após denúncias sobre um suposto esquema de favorecimento e cobrança de propinas no Ministério do Trabalho.
Ele alegou que as "perseguição política" e o "ódio das forças reacionárias" tornaram sua presença no cargo insustentável. Conforme nota oficial do ex-ministro, ele deixa a função para que não haja contaminação do resto do governo através de "denúncias sem provas s às quais não teve direito de defesa".
Além disso, foi noticiado o uso irregular, por parte de Lupi, de um jatinho alugado pelo empresário Adair Meira, durante viagem ao Maranhão. O empresário é responsável por organizações não governamentais que mantêm convênio com o Ministério do Trabalho.
Depois, a Câmara dos Deputados começou a analisar o acúmulo de funções por parte do ministro. Por quase cinco anos, ele teria ocupado dois cargos de assessor parlamentar em órgãos públicos – na Câmara dos Deputados, em Brasília, e na Câmara Municipal do Rio de Janeiro.
Lupi chegou a afirmar que não deixaria o cargo nem "a bala", mas acabou não resistindo à pressão. Até mesmo a Comissão de Ética Pública da Presidência da República recomendou a sua imediata remoção do cargo, por conta das revelações de conduta imprópria e enfrentamento da hierarquia de governo.
