01 janeiro 2012

Mistério cerca morte de governador argentino

Carlos Soria durante encontro no dia 30 de dezembro com 
rupo de agricultores, em General Roca / Foto: Telam / AP
O governador da província argentina de Rio Negro (Patagônia) e ex-diretor do serviço de inteligência do país, Carlos Soria, morreu neste domingo baleado após uma discussão familiar em sua residência de veraneio, em Paso Córdoba, nas proximidades de General Roca, cidade localizada 1.176 km ao sul de Buenos Aires.
Soria foi assassinado por disparos de revólver calibre 38 enquanto ele e sua esposa estavam sozinhos na residência. Paramédicos encontraram o governador sangrando na cama e chegaram a levá-lo ainda com vida para o hospital de General Roca, onde o político foi declarado morto às 5h da manhã deste domingo. Soria havia tomado posse do cargo no dia 10 de dezembro de 2011, como o primeiro governador do Partido Justicialista (peronista) em Río Negro desde o restabelecimento da democracia no país, em 1983.
Alberto Weretilneck, vice-governador de Rio Negro e que ocupará o lugar de Soria, afirmou à Rádio 10 que a morte do governador foi provocada por um "acidente doméstico com arma de fogo e a justiça determinará o que aconteceu". O canal de notícias C5N, da Patagônia, informou que a morte de Soria teria acontecido em meio a uma discussão familiar e que a esposa do governador, Susana Freydoz, teria sido levada para prestar depoimento na delegacia de General Roca.
Pouco antes da meia-noite, Soria havia concedido entrevista a uma emissora de rádio de sua província, na qual se disse confiante de que 2012 seria um grande ano.
– Não tenho medo de nenhum desafio. Não é difícil, apenas complexo. A província é de todos, e temos que cuidá-la e não nõs aproveitarmos dela – disse na entrevista.
Río Negro vem se desenvolvendo rápidamente devido a investimentos estrangeiros para a exploração de suas riquezas minerais e petrolíferas. A província vendo sendo procurada por empresas construtoras para a construção de estações de esqui.
Por decisão dos filhos, não será celebrado um funeral. Durante a carreira política, Soria exerceu diversos cargos públicos, incluindo deputado nacional, intendente de General Roca e diretor do serviço de inteligência da Argentina, durante a presidência de Eduardo Duhalde (2002). Soria tinha quatro filhos: Martín, atual intendente de General Roca, Germán, Carlos e Emilia.