04 fevereiro 2012

Assinado protocolo para implementação de terminal de gás industrial no RS

Tarso Genro, Maria das Graças Silva Foster e representantes das empresas 
na assinatura do acordo / Foto: Caco Argemi / Palácio Piratini/Divulgação
Foi assinado na manhã desta sexta-feira, na sede da Petrobras, no Rio de Janeiro, um protocolo de intenções para a realização de estudos em cooperação para avaliar a viabilidade técnica e econômica da implementação de um terminal de regaseificação de gás natural liquefeito (GNL) e de uma fábrica de fertilizantes no estado do Rio Grande do Sul.
Participaram da assinatura o governador do Estado do Rio Grande do Sul, Tarso Genro; a diretora de Gás e Energia da Petrobras, Maria das Graças Silva Foster; o vice-presidente da Divisão de Máquinas e Navios da Samsung, Hojoon Shin, e o vice-presidente da Unidade de Graneleiros da Hyundai, Young Joon Lee.
Os estudos para a instalação do terminal e da fábrica serão conduzidos por um comitê misto e serão realizados nos próximos seis meses.
A estimativa é de que o projeto envolvendo o GNL custe entre US$ 2 bilhões e US$ 5 bilhões e representa a possibilidade de triplicar o volume de gás disponível no Estado.
O governador Tarso Genro destacou a importância do acordo e disse que ele vai permitir a ampliação da matriz energética do Estado.
— É um protocolo que gera uma expectativa de recursos imediata, além de movimentar toda a cadeia produtiva gaúcha — disse.
O governador Tarso Genro, após fazer um relato do novo momento econômico do Estado e da credibilidade e potencial das instituições e empresas envolvidas neste projeto, disse que o estudo será positivo e as consequências serão "excepcionais" para o Rio Grande do Sul.
— Trabalhando com o Rio Grande do Sul, Samsung e Hyundai tenho certeza que teremos um excelente resultado. É um trabalho cooperativo para um projeto estruturante — ressaltou a diretora de Gás e Energia da Petrobras, Maria das Graças Foster, futura presidente da estatal.
Segundo ela, a combinação de um terminal de regaseificação e uma fábrica de fertilizantes fará diferença do ponto de vista energético para o Rio Grande do Sul.
Saiba mais:
Conforme fontes ouvidas por Zero Hora e familiarizadas com a negociação, a planta de regaseificação deverá ter capacidade para 7 milhões de metros cúbicos ao dia — 2,5 vezes a quantidade de gás que o Estado recebe hoje por meio do gasoduto Brasil-Bolívia. Parte será destinado a fábrica de fertilizantes e o restante será distribuído para geração de eletricidade e consumo industrial.