20 junho 2012

Refém durante 17 anos só procurou polícia no RJ após filha sofrer abuso

Menina de 10 anos teria sido abusada pelo meio-irmão
A mulher que ficou em cárcere privado por 17 anos, após ter sido sequestrada pelo padrasto na saída da escola, em Porto Alegre, quando tinha apenas 11 anos, só teve coragem de procurar a polícia porque a filha mais nova, de 10 anos, teria sido abusada pelo meio-irmão, conforme mostrou reportagem do RJTV.

A vítima, hoje, está com 28 anos. A Polícia Civil prendeu às 6h de terça-feira (19), em Itaboraí, na Região Metropolitana do Rio de Janeiro, Carlos Alberto Santos, de 57 anos, suspeito de raptar a enteada e a manter em cárcere privado por 17 anos. Ele fugiu com a vítima de Porto Alegre, em 1995, quando ela tinha só 11 anos, e a trouxe para o Rio, de caminhão. Nesse tempo ele a manteve refém e teve três filhos com ela.

Ele cumpre prisão temporária por estupro, cárcere privado e lesão corporal qualificada. Ele é acusado de raptar, em 1995, a filha da ex-mulher, na porta da escola, no Rio Grande do Sul. Durante 17 anos, viveu com ela, mantendo-a em cárcere privado. Atualmente, os dois viviam em Niterói. Da relação com o padrasto nasceram dois meninos, de 15 e 6 anos, e uma menina de 10 anos. O primeiro filho ela teve aos 13 anos.

De acordo com o delegado Wellington Vieira, responsável pelo caso, Santos confessou o crime. A polícia apreendeu uma foto em que o suspeito aparece com um revólver, que ele alegou ser de um ex-patrão. O preso trabalhava como caseiro e não tinha residência fixa.

“Ela poderia ter me denunciado antes. Ela teve chance. Ela esteve em um hospital. No hospital, ela poderia ter denunciado, e dito: ‘Fui raptada! Fui sequestrada! E isso não foi feito. As crianças foram todas registradas comigo e com ela”, contou o suspeito

Nenhum comentário:

Postar um comentário