Ronaldinho não foi poupado das vaias no Olímpico (Foto: Vinícius Costa / Agência Estado) |
Enquanto o Grêmio ficou no meio do caminho entre o passado e o futuro, o Atlético-MG se decidiu pela segunda opção. Alheio às vaias da torcida ao eterno desafeto Ronaldinho e à expectativa pela estreia de Zé Roberto e promoção do goleiro Marcelo Grohe, o time de Cuca apostou no talento de Bernardi, 1m62cm e apenas 19 anos. Saiu de seus pés a jogada decisiva da partida - chapéu duplo na zaga que resultou no gol de Jô. O 1 a 0 na noite deste domingo dá aos mineiros a liderança do Brasileirão, com 16 pontos, batendo o Fluminense pelo saldo de gols.
A derrota em casa custa caro ao Grêmio, que deixa a zona de classificação à Libertadores e se aloja na quinta colocação, com 12 pontos. Foi o primeiro revés do time de Vanderlei Luxemburgo no Olímpico neste Brasileirão, em quatro partidas. Até então, sequer havia sofrido gols em Porto Alegre.
Centro das atenções mesmo antes de a bola rolar, Ronaldinho seguiu alvo dos repórteres ao fim do jogo. Antes, porém, foi saudado por todos os companheiros no centro do campo. Parecia conquista de título. Poderia soar como provoação aos gremistas, o que ficou ainda mais evidenciado quando Ronaldinho fez menção em ir em direção ao vestiário do clube gaúcho. Depois, deu meia volta, recebeu mais uma onda de vaias e xingamentos. Aos microfones, declarou:
- Sempre é bom vencer aqui. Da outra vez (pelo Flamengo), perdi. Agora ganhei.
Ao Grêmio, coube reclamar da arbitragem de Paulo Cesar de Oliveira, que foi cercado pelos jogadores após a partida.
- Ele é muito arrogante - atestou o atacante Kleber.
Tanto Grêmio quanto Atlético-MG têm semana livre de treinos, seja para juntar os cacos da derrota ou saborear a nova liderança. O clube gaúcho enfrenta, no próximo domingo, às 16h, o Santos, na Vila Belmiro. Nos mesmos dia e horário, o Galo defende o topo da tabela contra a Portuguesa, no Independência.
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