01 agosto 2012

Com o fim da greve, caminhões voltam a rodar em T. de Maio

A facilidade que Bertollini encontrou para seguir viagem
desde ontem, passando por quatro estados diferentes, já
mostrava o enfrequecimento da greve dos caminhoneiros
O caminhoneiro Neocir Bertollini de Sananduva preparava o chimarrão na manhã de hoje com o caminhão estacionado na Av. Santa Rosa. Ele havia chegado a cidade na noite anterior com uma carga de sal.

Nos cerca de 1,3 mil de S. Paulo a T. de Maio , o motorista não encontrou bloqueio de grevistas nas rodovias que rodou pelos estados de S. Paulo, Paraná, Santa Catarina e Rio Grande do Sul e chegou a cidade na noite de terça-feira sem enfrentar nenhum percalço. Nessa quarta, ele vai descarregar o produto na fábrica de queijo da Brasil Foods e concluir a viagem para a qual foi contratado.  Em Três de Maio e região nesta manhã é grande o movimento de caminhões que estão retornando as estradas com a normalização gradativa das atividades de transporte.

A facilidade que Bertollini encontrou para seguir viagem desde ontem, passando por quatro estados diferentes, já mostrava o enfrequecimento da greve dos caminhoneiros em razão da reunião no Ministério dos Transportes, em Brasília, quando o Movimento União Brasil Caminhoneiro (MUBC) comprometeu-se em encerrar por completo e de imediato a paralisação nacional iniciada há sete dias. O acordo foi feito após o ministro dos Transportes, Paulo Passos, abrir negociação para rever os pontos reivindicados pelos caminhoneiros.

O governo federal pediu prazo até 8 de agosto para instalar a mesa de negociação e mais 30 dias para concluir os trabalhos de revisão. O movimento pede, entre outros pontos, maior prazo para a implementação da Lei n° 12.619, que determina que haja descanso diário ininterrupto de 11 horas e parada de 30 minutos a cada quatro horas no volante.

Os caminhoneiros argumentam que as rodovias brasileiras não têm infraestrutura adequada para que os caminhoneiros cumpram a norma. Na ocasião da aprovação da lei, a presidenta Dilma Rousseff vetou o artigo que previa a construção de postos de descanso.

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