08 agosto 2012

Três de Maio: HSVP alerta sobre cuidados para evitar contágio da conjuntivite

Dr. Daniel, lembra que a infecção pode apresentar
complicações que causam prejuízo à visão
A conjuntivite é a inflamação da conjuntiva da membrana transparente e fina que reveste a parte da frente do globo ocular (o branco dos olhos) e o interior das pálpebras. Em geral, ataca os dois olhos e pode durar de uma semana a 15 dias. De acordo com o médico oftalmologista do Hospital São Vicente de Paulo (HSVP) de Três de Maio, Daniel Azevedo Marquardt, são vários os tipos da inflamação, cada um com suas características, sintomas e tratamentos. “A viral é a forma mais comum e pode causar epidemias em hospitais, escolas e locais públicos. É extremamente contagiosa. A transmissão ocorre de quatro a 10 dias antes de a doença se manifestar e, após o início dos sintomas, o vírus é transmitido por aproximadamente 13 dias. Os sinais de contágio são inicialmente vermelhidão, desconforto e secreção aquosa (lacrimejamento) inicialmente em um olho, mas que aparecem no outro após um ou dois dias. Por se tratar de uma patologia autolimitada (se resolve sozinha), o tratamento geralmente é sintomático. Para alguns casos, pode ser necessário o uso de colírios de corticoide”, explica.

Marquardt cita também a conjuntivite bacteriana, que geralmente acomete os dois olhos, com o segundo também apresentando os sintomas apenas de um a dois dias após o primeiro. Os sinais de contágio são vermelhidão, sensação de corpo estranho, ardência, secreção mucopurulenta ou purulenta amarelada e com pálpebras geralmente aderidas ao acordar. Geralmente autolimitadas, em alguns casos os colírios antibióticos podem ser necessários.
“O terceiro tipo é a alérgica, associada a polens de arvores, ácaros domésticos e pelos de animais. Se apresenta com surtos transitórios de vermelhidão, secreção mucosa espessa e transparente, prurido (coceira) e edema palpebral. O tratamento consiste em evitar contato com alérgenos, uso de colírios anti-histamínicos e estabilizadores de mastócitos. Em alguns casos, corticoides tópicos podem ser necessários. Existem outras formas de conjuntivite, porém são pouco frequentes”, complementa o oftalmologista.

As formas de contágio e os cuidados
A principal forma de contágio está no contato das mãos com os olhos, após elas terem tocado em alguma secreção infectada, que pode estar em diversas superfícies como cadeiras, maçanetas, toalhas, roupas de cama, lenços e objetos de uso comum. Geralmente o verão é mais propício para o aparecimento e disseminação dessas infecções, mas a conjuntivite pode surgir em qualquer época do ano.

“Objetos de uso comum, como telefone, controle remoto, sabonete e toalhas aumentam as chances de avanço do vírus ou da bactéria. Para a precaução, é recomendado um cuidado mais intenso com a higiene pessoal, lavagem cuidadosa e frequente das mãos, uso de álcool em gel, lenços de papel e toalhas e roupas de cama individuais. Outra indicação é não coçar os olhos, pois as mãos são os principais veículos de transmissão”, indica Marquardt, que lembra também que após o contágio do paciente, a ele é indicado o isolamento temporário do contato social, como afastamento do trabalho e da escola.

Procure seu médico
O HSVP indica a vital importância de se procurar um oftalmologista para definir o tratamento mais adequado, e para que também seja possível a detecção de possíveis complicações associadas. Se não for prevenida ou tratada, a conjuntivite pode provocar uma epidemia e levar à ausência de pessoas no trabalho, na escola e em outros compromissos sociais, além de a inflamação poder apresentar complicações que causam prejuízo à visão.

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