João Pizzio (centro), foi eleito prefeito ao lado do vice, Loris Franceschini (Foto: Jonas Ramos/Agência RBS) |
A partir de 1º de janeiro de 2013, o Rio Grande do Sul passará a ter 497 prefeitos. Pinto Bandeira, na Serra, é o mais novo município do estado. Após quase duas décadas de disputa pela emancipação, a cidade conseguiu eleger um prefeito pela segunda vez. João Pizzio (PDT) foi candidato único e recebeu 73,61% dos votos válidos entre os pouco mais de 2,2 mil eleitores. A nova cidade, antes distrito de Bento Gonçalves, tem cerca de 2,5 mil habitantes.
Pinto Bandeira chegou a ter eleição em 2000. Severino Pavan (PDT) venceu, mas não conseguiu terminar o mandato. Ele assumiu em janeiro de 2001, mas seis meses depois o Supremo Tribunal Federal (STF) concedeu liminar determinando o retorno à condição de distrito. Autoridades locais ainda buscaram a reversão da decisão, mas Pinto Bandeira voltou oficialmante a ser distrito em 2004.
O novo prefeito agora espera que as brigas políticas cessem e que o município possa avançar. Pizzio, 39 anos, é advogado, foi militar por 15 anos e nunca havia concorrido a um cargo político. Segundo ele, o primeiro passo para que a cidade possa avançar foi dado antes mesmo da votação, quando os partidos se uniram e o colocaram como candidato único para a prefeitura. Apenas o PT ficou fora da coligação, mas não lançou opositor.
"A ideia central da candidatura única foi essa. Concentrar energias na defesa do munícipio e não em disputas locais. A ideia foi aprovada pelas população, pois tive mais de 73% dos votos. Isso me deixa extremamente feliz. Encaramos como mais uma etapa na busca de um objetivo traçado há 4 anos da nova emancipação. Eu era candidato único, mas a cidade tem uma historia de divisões politicas, ficou acima da minha expectativa. Mostra quanto o povo acredita, aposta e quer esse recomeço", disse ao G1.
Cidade ainda não tem local para a Câmara de Vereadores:
Uma das tarefas no município antes mesmo da posse dos eleitos é escolher um local para a Câmara de Vereadores. Se a antiga prefeitura seguia sendo utilizada por uma das subprefeituras de Bento Gonçalves, a antiga Câmara estava desativada. O prédio da igreja, um antigo convento, foi usado em 2000 para abrigar os vereadores, mas ficou fechado desde então. A tendência é que o local seja novamente usado, mas ainda não há uma definição.
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