07 outubro 2012

TRE-RS já registra 144 prisões por boca de urna nas eleições no RS

Boca de urna é feita livremente nos arredores de escolas de
Porto Alegre (Foto: Fernando Lopes/G1)
De acordo com o boletim divulgado no início da tarde deste domingo (7) pelo Tribunal Regional Eleitoral (TRE-RS), já foram feitas 144 prisões envolvendo eleitores e cabos eleitorais no Rio Grande do Sul. Do total de 245 ocorrências registradas, 20 envolveram candidatos – sete deles foram presos.

Mais da metade das prisões (55) foram feitas no município de Viamão, na Região Metropolitana de Porto Alegre. Uma operação especial foi montada pelo TRE-RS e pela Brigada Militar para coibir a propaganda irregular no município, explica a juíza eleitoral Liliane Martins Ortiz.

Segundo a juíza, todo o efetivo da Brigada Militar trabalha nas ruas junto com 30 funcionários da Justiça Eleitoral. O número de eleitores praticando boca de urna é tão grande que cinco ônibus foram cedidos à Justiça Eleitoral para recolher os autores.

“Recebemos denúncias prévias de que todos os partidos estavam organizando bocas de urna. Fizemos uma operação com a Brigada Militar esperando que não se confirmasse. Infelizmente, se confirmou, e estamos tentando coibir esta ação que impede que o eleitor vote livremente sem nenhuma pressão”, diz a juíza. “É uma prática generalizada”, acrescentou.

Veículo foi danificado no centro de Três de Maio
(Foto: Paulo Marques)
Apesar dos esforços da fiscalização, vários cabos eleitorais atuam livremente na distribuição de propaganda irregular nas proximidades dos locais de votação no estado. Durante a manhã, a reportagem do G1 flagrou pessoas distribuindo santinhos e outros materiais de candidatos sem serem incomodados nos arredores das escolas Nossa Senhora do Brasil e Jerônimo de Albuquerque, no bairro Partenon, em Porto Alegre.

Em Três de Maio, a Brigada Militar fez o registro de dano em um automóvel que portava duas bandeiras de um partido presa nas janelas das portas traseiras do veículo, sendo que uma pessoa puxou a bandeira e quebrou o vidro da porta. Não se tem a identidade do autor do dano.

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