08 novembro 2012

Por nove votos a zero, STJD mantém resultado de Inter x Palmeiras

Arbitragem também presente no STJD
(Foto: Fred Huber/Globoesporte.com)
 
Depois de uma sessão cansativa e que durou mais de duas horas, o STJD decidiu manter a vitória do Internacional por 2 a 1 sobre o Palmeiras, dia 27 de outubro, pelo Campeonato Brasileiro. O Verdão entrou com pedido de impugnação da partida com a alegação de que um gol de mão de Barcos teria sido anulado com ajuda de recursos externos – algo proibido pela Fifa. Por nove votos a zero, os auditores e o presidente Flávio Zveiter negaram o pedido dos palmeirenses.

A decisão tomada nesta quinta-feira não é passível de recurso, e por isso o clube paulista terá de acatar a definição dos tribunais. Dessa forma, a CBF vai retirar o asterisco que consta na tabela do Brasileirão. O Inter continua com 51 pontos, na sexta posição, enquanto o Palmeiras fica com 33, a sete de sair da zona de rebaixamento, faltando quatro rodadas para o término da disputa por pontos corridos.

Apesar de todos os esforços do Palmeiras, os auditores do STJD consideraram que não houve provas suficientes que mostrassem a interferência do delegado Gerson Baluta na anulação do gol. O clube paulista se baseava no depoimento de uma repórter, que teria sido interpelada por Baluta para falar se o gol tinha ou não sido irregular. Além disso, o Tribunal rejeitou todo o material reunido pelos advogados alviverdes - recortes de jornais e um vídeo com leitura labial do árbitro após o lance - alegando que tais provas foram apresentadas apenas nesta quinta-feira, o que poderia significar uma vantagem ao Verdão.

– Se essa partida for remarcada, quem vai apitar? Vai ser portão fechado? Porque vai dar morte. Anular a partida é um absurdo – afirmou o procurador Paulo Schmitt.

O árbitro Francisco Carlos Nascimento comemorou o desfecho da história.

– Feliz com o resultado. Agradeço a quem me deu apoio, como a Comissão de Arbitragem e meus familiares. Agradecer aos que não duvidaram da minha palavra.

O Verdão enviou uma comitiva ao Rio de Janeiro para acompanhar o julgamento. Além de Barcos, que deu seu depoimento sobre o lance, estavam presentes o presidente Arnaldo Tirone e o gerente de futebol César Sampaio. O Inter foi representado pelo advogado Daniel Cravo, que estava satisfeito com a manutenção do placar do jogo.

– É um resultado que já esperávamos, não trabalhávamos com outra hipótese. Acho que a presença dos árbitros foi determinante também. Não houve divergências. Não havia nenhuma prova para o que o Palmeiras alegava. Diziam que uma repórter havia falado com o delegado, e que isto, em efeito cascata, teria influenciado na decisão de anular o gol. Isso não foi provado.

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