Pesquisa de acadêmica confirma procura indevida pela emergência

Denise Kettner realizou uma pesquisa no setor de
Urgência/Emergência 24h do HSVP

Com o tema “Humanização da Assistência à Saúde”, a técnica em enfermagem do Hospital São Vicente de Paulo (HSVP) de Três de Maio, Denise Kettner, realizou uma pesquisa no setor de Urgência/Emergência 24h da Instituição para seu trabalho de conclusão do curso de enfermagem da Setrem. Motivada pelo fluxo crescente de usuários que buscam atendimento no setor, resultando em sobrecarga da equipe de trabalho, Denise realizou uma pesquisa com pacientes que procuraram a emergência a fim de identificar os motivos desta demanda excessiva na procura pelo atendimento emergencial.

Denise pesquisou a situação de pacientes aleatórios, atendidos na emergência do HSVP, buscando identificar quais os problemas de saúde que os levaram a procurar o setor. Segundo ela, os resultados comprovam a procura indevida pelo setor. “É alto o número de pessoas que buscam atendimento no setor, mas que não se enquadram em situações de urgência e emergência. Isso demonstra a falta de conhecimento dos usuários em relação à finalidade deste atendimento emergencial. Tudo isso contribui para que o setor fique superlotado”, ressalta. A avaliação mostrou que 80% dos usuários que procuraram o serviço apresentavam queixas que poderiam ser atendidas e resolvidas na rede básica, como é possível observar no gráfico.

Em sua pesquisa, além de evidenciar a importância do acolhimento na emergência com classificação de risco, a acadêmica de enfermagem também levantou possibilidades para a solução desta procura excessiva pelo setor. “As possibilidades de solução passam pela necessidade de reavaliar a acessibilidade e eficácia do atendimento oferecido pela rede básica, educar e conscientizar a população sobre a finalidade dos serviços de urgência/emergência, para que se possa prestar um atendimento de ainda mais qualidade aos casos graves e de alto risco. É preciso também estabelecer e definir referência e contra-referência na rede básica para corrigir distorções ainda existentes nas portas de entrada deste serviço”, finaliza Denise Kettner.