22 janeiro 2013

Calor aumenta ameaça da conjuntivite

Oftalmologista Matheus Eickhoff alerta sobre a ameaça da
conjuntivite no verão
Piscina, sauna, ar condicionado e poeira facilitam propagação da doença

A proximidade do verão e a chegada do calor fazem aumentar a preocupação em relação à conjuntivite. Segundo o oftalmologista do Hospital São Vicente de Paulo (HSVP) de Três de Maio, Matheus Eickhoff, apesar de causar grande irritação nos olhos, o problema é comum e de fácil tratamento. “Ambientes como piscinas, saunas e o próprio local de trabalho, com o ar condicionado ligado sem interrupção, facilitam a proliferação do vírus. Mas cuidados simples, como lavar as mãos e não compartilhar toalhas, podem evitar o contágio”, ressalta.

Eickhoff explica que a causa da conjuntivite é uma inflamação na conjuntiva, a camada mais externa do olho. “Os sintomas mais comuns são desconforto ocular, ardor, sensação de corpo estranho nos olhos e lacrimejamento. Outro sinal é os olhos vermelhos. De uma forma geral, não há redução da capacidade visual. O que pode acontecer é um leve embaçamento pelo acúmulo de lágrimas e secreção”, explica.

O período de incubação varia de 20 horas a três dias. A infecção afeta pessoas de qualquer idade e pode haver reinfecção ou recaída. Na primavera, o tempo mais seco e a baixa umidade do ar tornam mais frequentes os registros das conjuntivites chamadas ‘primaveris’. Elas são causadas por reações alérgicas aos resíduos que flutuam na atmosfera, como poeira e pólen.

Entretanto, segundo Eichkoff, no verão a ameaça é maior.  “As pessoas compartilham piscinas, praias, academias e outros ambientes públicos, o que aumenta potencialmente o risco de manifestação das conjuntivites contagiosas. O tipo alérgico do problema, que não é contagioso, normalmente atinge entre 12% e 13% da população. O agente causador pode estar em cosméticos, no estojo das lentes de contato, em medicamentos, na poeira e no pólen. Esse tipo de conjuntivite geralmente afeta os dois olhos simultaneamente e provoca coceira, lacrimejamento, vermelhidão e pálpebras inchadas”, detalha o oftalmologista.

Dentre os cuidados que o paciente deve ter durante a doença, os mais importantes são não coçar e não esfregar os olhos ao enxugá-los. Para fazer a higiene, a pessoa deve usar lenço de papel. Óculos escuros e compressas frias sobre as pálpebras também ajudam a aliviar o incômodo. “Se as pálpebras estiverem aderidas pela manhã, deve-se usar água filtrada ou soro fisiológico para a limpeza. Além da conjuntivite, outros problemas nos olhos podem surgir durante o período de calor, devido à maior sensibilidade dos olhos e à exposição mais frequente a agentes agressores como a poeira”, conclui Matheus Eickhoff.

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