29 janeiro 2013

Sobrevivente conta como conseguiu sair da boate Kiss


Narjana Vetorato, cuja família mora em Alegria, provavelmente foi uma das primeiras pessoas a deixar a boate Kiss, em Santa Maria, assim que o incêndio começou. Ela faz Odontologia na Universidade de Santa Cruz do Sul e estava em visita a uma amiga na cidade.

As duas resolveram sair a noite para se divertir e foram a Kiss sem saber que vivenciaram o drama da segunda maior tragédia em número de mortos do Brasil. Narjana contou que sentiu cheiro de fumaça e comentou com a amiga. Inicialmente, pensaram que alguém poderia estar fumando no ambiente onde é proibido consumir cigarros.

Foi, então, que ela olhou para cima e viu o teto da boate em chamas e o fogo já se alastrando pela espuma do isolamento acústico. Sem perder tempo, ela correu para a única porta da boate e teve que empurrar a segurança que tentou barrar a saída dela por achar que ela estaria tentando sair sem pagar. N

arjana e amiga foram para o estacionamento do Supermercado Carrefour que fica em frente a casa noturna. A partir daí, elas perceberam que a situação era dramática porque as pessoas começaram a sair da boate com os rostos e cabelos enegrecidos pela fumaça. Elas ainda buscaram água para tentar ajudar, mas foram afastadas pela polícia e bombeiros que isolaram o local. Narjana acredita que se estivesse uns três metros a mais no interior da boate não teria conseguido se salvar.