12 fevereiro 2013

Antônio Lajús lamenta derrota de Buda e repassa primeiro salário ao CTG

Foto: Paulo Roberto Staziaki
Cumprindo o que segundo ele, foi compromisso assumido em campanha, o vereador Antônio Otacílio Lajus, repassou em torno de R$ 3,3 mil ao CTG na primeira sessão ordinária do ano. O edil do PPS de Horizontina, abrirá mão de seu salário de vereador, declarando-se contrário aos proventos, pois segundo seu entendimento não é profissão. Ele defende uma ajuda de custo, que segundo seus cálculos não precisa ser maior do que um salário mínimo, hoje em R$ 678,00.

Lajús lamentou em sua primeira sessão a não eleição de Buda&Gringo, que segundo ele, apresentaram uma proposta inovadora de gestão pública para o município, mas foram incompreendidos pelos eleitores. Defendeu maior seriedade na política em todos os níveis governamentais dos entes federados.

Ele quer mudanças também da legislação, onde agentes políticos percebam altos valores em diárias, salários e gratificações, que segundo ele, embora legais, ferem seus princípios de moralidade. –“ Vejam que contraditório: Fui empossado dia 1º de janeiro e no dia seguinte entrei em férias no recesso parlamentar, mesmo assim meu salário, dia 31 de janeiro, quase sem trabalhar, entrou na conta religiosamente. Vou repassá-lo ao CTG, foi minha promessa e vou cumpri-la, como os demais salários, repassarei a comunidades e instituições que nos apresentarem projetos importantes, que estejam em execução ou que por falta de recursos estejam por fazer”, informou.

O edil do PPS informou que abriu uma conta especial no Sicredi, onde seu salário será depositado, e o valor líquido repassado as entidades, cujos extratos serão públicos para que a comunidade possa fiscalizar. –“Não haverá lorota, será tudo transparente e com conhecimento da comunidade” reitera. 

Várias foram as comunidades e instituições que procuraram o edil para saber informações acerca da possibilidade de destinar recursos. O vereador diz que na medida do possível e do limite dos valores, pretende auxiliar todos os projetos, desde que invistam na melhoria de estruturas para uso das pessoas. –“Não vamos destinar recursos para ficar no caixa de ninguém, pode ser sim para uma reforma, uma pintura, um sanitário, uma viagem de estudos”, exemplifica.

O vereador garantiu em campanha que repassaria o salário, e reafirma que não o fez para angariar votos, simplesmente para mostrar sua contrariedade com as benesses políticas no Brasil, no caso dos salários de vereadores, garantidas constitucionalmente pelo então presidente Sarney. –“Fiz uma campanha diferente, onde mostrei que não adianta criticar mensalão lá em cima, se aqui embaixo temos mensalinho”. Ele se refere que além do salário de em torno R$ 4 mil brutos, os vereadores percebam diárias que variam de R$ 250 ou 300,00/dia em suas viagens, ao invés da despesa paga que geraria significativa economia.