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| Sandro Meinerz ressalta que fato não é crime se ele não exercer gestão |
Um bombeiro é um dos sócios da empresa Hidramix, responsável pela instalação de barras anti-pânico na boate Kiss, em Santa Maria, onde um incêndio durante uma festa na madrugada de 27 de janeiro causou 238 mortes. A informação foi confirmada ao G1 pelo delegado Sandro Meinerz, titular da 1ª Delegacia de Polícia da cidade do Rio Grande do Sul.
O delegado ressaltou, no entanto, que não há necessariamente alguma irregularidade no fato. “Legalmente um funcionário público pode ser sócio de empresa, desde que não tenha atos de gestão. E em depoimento, ele disse que não tem”, ressaltou.
Nesta terça-feira (05), foi cumprido um mandado de busca e apreensão na sede da Hidramix. O material recolhido não foi revelado.
Segundo o delegado, os demais sócios são bombeiros aposentados, o que também é permitido. Os que ainda não prestaram depoimento deverão ser ouvidos. “Vamos atrás de tudo o que vier a envolver este caso”, disse.
A respeito da ausência da identificação de um engenheiro responsável no Plano de Proteção Contra Incêndio (PPCI) da boate, o delegado diz que a polícia ainda analisa se há uma obrigação legal para esta assinatura, e se isto costuma ser cumprido em outros estabelecimentos. “Estamos averiguando se isto vai de acordo com a lei, e a funcionalidade desta lei”, informou.
Na manhã desta terça-feira, técnicos do Instituto Geral de Perícias realizaram uma vistoria no prédio onde funcionava a boate Kiss, com apoio do Exército, da Brigada Militar e da Polícia Civil. “Eles dividiram a área em quadrantes e fizeram uma varredura. Como o caso é muito importante, a perícia fará tudo o que for necessário”, declarou.
