27 fevereiro 2013

Hipertensão: uma doença silenciosa

Dr. Raul Schneider está atendendo no Centro Mais Vida
do HSVP
Médico Raul Schneider, que desde fevereiro integra a equipe do HSVP, alerta sobre os riscos da pressão alta
A equipe de saúde do Hospital São Vicente de Paulo (HSVP) de Três de Maio passou a contar com um novo colaborador em fevereiro. O médico Raul Schneider, de Boa Vista do Buricá, agora também atende junto ao Centro Mais Vida. A aproximação entre Instituição e profissional se deu pelo HSVP ser referência no atendimento médico regional, o que, para Schneider, vai de encontro com seu perfil de atuação. “Me coloco como protagonista na área da saúde. Vi uma oportunidade profissional ímpar de atender em uma Instituição com toda gama tecnológica para me apoiar no diagnóstico e na terapêutica”, relata.

Segundo Raul Schneider, seu perfil é de médico generalista, com informação e conhecimento em todas as áreas, atuando como clínico e cirurgião, com competência para, além do atendimento no Centro Mais Vida, desempenhar seu trabalho na UTI, na emergência ou mesmo na pediatria, agregando ainda mais competência nestas e em outras áreas. Em seus primeiros dias de atendimento junto ao HSVP, o médico constatou um expressivo número de casos de hipertensão arterial, enfermidade que encurta a perspectiva de vida das pessoas e que, apesar de todas as campanhas alertando sobre seus riscos, ainda atinge muitas pessoas.

“O principal fator da hipertensão é genético-familiar. Temos dois tipos de hipertensão: a essência e a secundária. A primeira não tem nenhuma causa. O médico examina e aparentemente a saúde está perfeita, mas mesmo assim a pessoa tem a pressão alta. No caso da secundária, que é mais rara, há algum fator identificado que gera o problema, como por exemplo em um caso de infecção renal, em que esse rim causa a hipertensão”, explica Schneider.

Sedentarismo e alimentação inadequada


Para o médico, é preciso analisar o histórico familiar para ver a propensão da pessoa em desenvolver a pressão alta. “Porém, a causa é relacionada também ao modo de vida da pessoa, como o sedentarismo e a falta de cuidado com a alimentação, principalmente com o consumo exagerado do sal, que prepondera como agente nocivo. O stress também pode contribuir para a hipertensão”, complementa.


Geralmente as pessoas buscam atendimento somente quando surge alguma manifestação, como um mal estar ou uma tontura. “Também identificamos esta enfermidade através de uma medida aleatória da pressão. As pessoas vêm com algum sintoma que não está ligado à hipertensão, como uma dor nas costas, e durante o exame medimos a pressão e verificamos que está alta, dando início ao acompanhamento. Por isso ela é chamada também de doença silenciosa, pois nem sempre traz algum sintoma”, explica Schneider, que cita o Acidente Vascular Cerebral (AVC), a insuficiência cardíaca e a insuficiência renal como as principais consequências do não tratamento da hipertensão.

O acompanhamento desta enfermidade inicia por uma mudança da própria pessoa, que precisa adquirir hábitos saudáveis, tanto alimentares quando físicos. “Com essas medidas, a melhora pode ser tão grande que em alguns casos nem sequer é preciso tomar medicação. Mas o acompanhamento médico é necessário. A hipertensão não tem cura, mas tem acompanhamento e tratamento”, finaliza Raul Schneider.