01 fevereiro 2013

Prisão de sócios da boate Kiss e músicos é prorrogada por 30 dias

Prorrogação foi concedida pelo juiz plantonista Régis
Bertolini (Foto: Tatiana Lopes/G1)
Foi prorrogada por 30 dias a prisão temporária dos dois sócios da boate Kiss e de dois integrantes da banda Gurizada Fandangueira. A boate foi atingida por um incêndio no último domingo (27), que deixou 236 mortos. O pedido da Polícia Civil foi aceito pela Justiça do Rio Grande do Sul na manhã desta sexta-feira (1º). Os quatro suspeitos ficarão  detidos por mais um mês para não prejudicar o andamento das investigações.

Segundo o Ministério Público, a polícia diz que a manutenção da prisão é necessária porque há possibilidade de fuga caso eles sejam soltos nesta sexta, data em que se encerraria a prisão temporária de cinco dias expedidas pelo Judiciário.

A prorrogação foi concedida pelo juiz plantonista Régis Bertolini, de Santa Maria. Elissandro Spohr, seu sócio Mauro Hoffmann e os integrantes da banda Gurizada Fandangueira, o vocalista Marcelo de Jesus dos Santos e o técnico de palco Luciano Augusto Bonilha Leão estão presos desde segunda-feira (28).

No despacho, o juiz cita que "a indiferença dos sócios administradores da casa noturna com a insegurança oferecida no local traz fortes indícios de que estes assumiram o resultado morte dos frequentadores do local", diz o documento obtido pelo G1.

Logo depois da decisão, os advogados de Mauro Hoffmann chegaram ao local para comunicar o juiz titular Ulysses Fonseca Louzada de que vão protocolar o pedido de revogação da prisão.

"A gente sabe que houve uma coisa horrível e é preciso apontar culpados. É o que vamos fazer a partir de agora", diz o juiz Louzada.