Tarso Genro destacou benefícios da colheita para economia do RS (Foto: Caroline Bicocchi/Palácio Piratini) |
A colheita da soja foi aberta oficialmente neste sábado (23), em Tupanciretã, na Região Central do Rio Grande do Sul, com perspectivas animadoras para produtores do grão e para a economia gaúcha. A expectativa é de safra recorde, a maior da história do estado.
De acordo com a Secretaria da Agricultura, Pecuária e Agronegócio (Seapa), devem ser colhidas entre 11 e 12 milhões de toneladas do grão. O número representa um aumento de 89% em relação ao volume colhido na safra anterior, quando o estado enfrentou problemas com estiagem.
A solenidade contou com a participação do governador Tarso Genro. Animado com a expectativa de safra recorde, o governador destacou os benefícios que os bilhões de reais injetados na economia com a colheita da soja devem trazer para o estado.
“Nós tivemos uma queda no crescimento, no ano passado, em função da estiagem. Este ano será ao contrário: as micro, pequenas e médias cidades do Rio Grande do Sul terão um impulso extraordinário de consumo, dos salários, do gasto das pessoas no comércio. Isso ajuda o Estado a crescer e se desenvolver”, afirmou.
Além de anunciar medidas de estímulo ao setor, Tarso prometeu tomar providências para evitar que aconteça no Rio Grande do Sul o que vem ocorrendo em estados como Paraná, São Paulo e Mato Grosso. Recentemente, a China cancelou contratos bilionários cancelados por problemas de logística, como as atrasos nos embarques nos portos.
Maior produtor de soja da região Sul do Brasil, com uma área plantada de 5,5 mil hectares em Tupaciretã, Pedro Luiz Herter espera colher 60 sacas por hectare, 100% a mais do que na safra anterior. Graças a investimentos na correção do solo e na compra de fertilizantes e defensivos agrícolas.
“A produção este ano será muito boa. Nós tivemos um bom regime de chuvas, o produtor investiu em tecnologia e terá a resposta esperada. Eu estou muito otimista”, ressaltou.
O presidente da Associação dos Produtores de Soja do Rio Grande do Sul, Ireneu Orth, destacou que a safra recorde se deve a dois fatores: o aumento da área de plantio – um milhão de hectares a mais em comparação à última safra 0 e as boas condições climáticas.