Autoridades presentes na mobilização. A concentração foi realizada em frente ao HSVP, em Três de Maio |
Integrando o Ato de Mobilização Nacional pelo reajuste da Tabela SUS (Sistema Único de Saúde), iniciativa promovida pelas Santas Casas, Hospitais e Entidades Beneficentes, o Hospital São Vicente de Paulo (HSVP) de Três de Maio e a HOSPINOROESTE realizaram nesta segunda-feira, dia 08, em frente à Instituição uma grande mobilização.
Às 09h e 30min teve inicio o ato oficial da manifestação com a presença da Vice-prefeita de Três de Maio Eliane Zucato Fischer, Diretor Executivo do HSVP Samuel Meoti, Presidente do Conselho Municipal de Saúde de Três de Maio, Gérson Rodrigues, Diretor do Hospital de Caridade de Ijuí, João Senna, Diretora do Hospital Bom Pastor de Ijuí, Rosane Schiawo, os vereadores Ivo Novotny (PMDB) e Lilico Mella (PPS) entre outras autoridades municipais e regionais. Também aderiram a paralisação diversos colaboradores do HSVP, corpo clínico e pessoas da comunidade. Na oportunidade a Diretora do Hospital, Irmã Denise Miranda ressaltou a importância deste movimento para que as atividades de atendimento aos pacientes sejam mantidas com a qualificação exigida. O diretor técnico HSVP, Dr. Clóvis Eduardo Tomasi ao se manifestar consolidou o apoio da classe médica à paralização, “é a hora da virada, se existe dinheiro para grandes obras como os estádios de futebol, deve existir também para a saúde” salientou ele.
A Hospinoroeste, que tem sua sede em Três de Maio, através de seu presidente Ademir Amauri Lampert, do Hospital São Francisco de Augusto Pestana, frisou que os 22 hospitais afiliados aderiram à mobilização bloqueando seus serviços eletivos como forma de mostrar a união das entidades em tordo deste problema financeiro que assola a categoria.
No Hospital São Vicente de Paulo em Três de Maio, entre às 09h e às 17h, houve paralisação dos atendimentos de casos eletivos no serviço de Urgência/Emergência, e somente foram atendidos os casos que realmente configuraram emergência. Todos os atendimentos e procedimentos eletivos foram suspensos ao longo do dia, como, por exemplo, consultas (173), cirurgias (08) e exames de imagem (37). A mobilização envolveu também a divulgação e busca do apoio da comunidade para esta importante luta, com panfletagem e orientação na busca pelos serviços.
O evento nacional buscou exprimir a grande preocupação com a assistência em saúde, através do SUS. A pauta de reivindicações do movimento é o reajuste de 100% para os procedimentos de média e baixa complexidade da Tabela SUS. Para isso, as Santas Casas, Hospitais e Entidades Beneficentes contam com a compreensão das autoridades de saúde e de todos os brasileiros nesta luta, cujo êxito trará ganhos significativos para toda a sociedade. A ideia é que o diálogo garanta algumas medidas emergenciais para que os hospitais mantenham o atendimento. O movimento é legítimo e espera mobilizar a opinião pública para que a defasagem da tabela de procedimentos do SUS, que impõe um déficit de R$ 5 bilhões por ano às instituições, responsável por uma dívida total de cerca de R$ 12 bilhões, seja revista com urgência.