Senadora Kátia Abreu está muito otimista |
Depois de uma reunião que durou mais de três horas na Casa Civil da Presidência da República, a presidente da Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA), senadora Kátia Abreu, saiu otimista quanto à possibilidade de o Governo aceitar as sugestões e argumentos que encaminhou ao Plano Agrícola e Pecuário (PAP) 2013/2014. Além da ministra Gleisi Hoffmann, também participaram do encontro, na segunda-feira à noite, os ministros da Agricultura, Antônio Andrade, do Desenvolvimento Agrário, Pepe Vargas e o presidente da Embrapa, Maurício Antônio Lopes. A vigência do Plano, redução de juros para os financiamentos e volume de recursos para o seguro rural estão entre os temas abordados pela presidente da CNA.
A presidente da CNA sugeriu que o próximo PAP tenha um prazo de vigência intermediário, de 18 meses, ao contrário do que vigora hoje, de um ano, para permitir a preparação de um plano agrícola de quatro a cinco anos em 2015. “Desta forma, teríamos maior segurança para o planejamento da atividade, não só quanto ao custeio, mas principalmente dos investimentos na produção agrícola”, afirmou. Para ela, um dos mais importantes segmentos da economia, como a agropecuária, precisa ter segurança para investir com base em projeções e planejamento, como já acontece nos principais países produtores mundiais.
Para a política de subsídio ao seguro rural, a senadora Kátia Abreu defendeu a alocação de R$ 850 milhões na safra 2013/2014, aumentando significativamente os valores de R$ 400 milhões e de R$ 260 milhões obtidos nas safras anteriores. Para ela, uma política efetiva para o seguro rural contribuirá para a redução dos juros dos financiamentos agrícolas, porque o risco da atividade será menor. A alocação do valor sugerido pela CNA cobrirá 20% da área plantada do Brasil, ainda bem menor do que nos Estados Unidos, que tem 86% de sua área plantada cobertura por seguro.
A redução dos juros, de 5,5% para 4,5%, dos financiamentos com recursos do crédito rural foi outra sugestão encaminhada pela presidente da CNA. Ela também discutiu com os ministros temas como capacidade de armazenagem de grãos e defesa agropecuária. Algumas situações especiais também foram abordadas no encontro, como os casos do leite, café e trigo. “São produtos de grande sensibilidade, que enfrentam situações específicas”, afirmou a senadora. Também foram discutidos investimentos para projetos de inovação e pesquisa pública e privada.