Criminosos usaram moradors como escudo humado (Foto: André Luiz Ferronato/Arquivo Pessoal) |
A Secretaria de Educação de Sarandi, no Norte do Rio Grande do Sul, decidiu suspender as aulas em pelo menos duas escolas do município no início da tarde desta segunda-feira (6) em função do assalto a uma agência bancária na cidade. A ação de uma quadrilha, suspeita de assaltar outro banco em Constantina horas antes, levou pânico aos moradores da cidade.
De acordo com a secretária da Educação, Márcia Lisandra Kleinbeckmann, as atividades foram canceladas em duas escolas de Ensino Fundamental na Vila Santa Ca
tarina. Após a libertação de três reféns em uma empresa às margens da BR-386, três criminosos que escaparam do cerco policial teriam se refugiado em um matagal na região, segundo a polícia.
“Tomamos essa atitude por precaução. Tinha essa suspeita de que os bandidos estavam nessa área perto das escolas. Então decidimos cancelar as aulas nessas duas escolas para evitar qualquer problema”, explica Márcia.
As crianças e funcionários que chegavam para as atividades nas escolas do bairro foram orientados a voltar para casa. Nesse momento, a presença da Brigada Militar no bairro já era intensa, com dezenas de policiais. Pais de alunos de outras sete escolas do município também foram avisados de que não precisavam mandar os filhos para as aulas caso não se sentissem seguros, diz a secretária.
Os criminosos tentaram assaltar uma agência do Banco do Brasil, no centro de Sarandi, por volta das 11h30. Segundo a Brigada Militar e Polícia Civil, eles renderam dois policiais e também usaram moradores como escudo humano antes de ingressarem na agência. Após pegarem o dinheiro, a quadrilha saiu em fuga levando os PMs como reféns.
No caminho, a quadrilha foi interceptada por uma guarnição do Batalhão de Operações Especiais (BOE) de Passo Fundo, que se deslocava para atender a ocorrência em Constantina. Houve perseguição e troca de tiros, diz a polícia. O carro usado pela quadrilha, um Nissan Tiida, capotou próximo a uma ponte. Pelo menos três fugiram a pé do local.
Conforme a polícia, outros dois suspeitos roubaram outro carro e se refugiaram na empresa Samaq, onde fizeram o proprietário e dois filhos dele como reféns. Cercados pela Brigada Militar e Polícia Civil, os dois criminosos exigiram a presença da imprensa e de representantes do Ministério Público, antes de se entregarem por volta das 13h, após negociação. A polícia faz buscas na região pelos outros suspeitos.