Foto: Alexandre Lops, Divulgação/Inter |
O Brasileirão 2013 havia começado há dois minutos quando, em um contra-ataque, Escudero invadiu a área pela direita, cruzou na linha do pênalti e Maxi Biancucchi marcou um belo gol, após escapar da marcação de Kleber. O Inter mal sabia o que estava acontecendo quando o Vitória já vencia por 1 a 0.
A estreia colorada no campeonato acabou em um empate por 2 a 2, após derrota parcial por 2 a 0 para os baianos. E, assim como em temporadas anteriores, o Inter já deixou pontos importantes pelo caminho. A partida expôs um time dispersivo, com uma defesa modificada, lenta e repleta de erros, e com um ataque que depende dos chutes certeiros de Forlán para funcionar.
Antes do jogo, faixas para os campeões baianos. Enfileirados, os jogadores do Inter entregaram as faixas de campeão estadual aos atletas do Vitória. Com a bola rolando na Arena Fonte Nova, o Vitória marcou de cara o primeiro gol do campeonato, depois da tabela argentino-baiana.
O Inter tenava despertar na partida, passou a se arriscar à frente, mas deixava generosos espaços para os donos da casa contra-atacarem. E o Inter foi apresentado à temporada 2013 com um segundo gol. Aos 11 minutos, Renato Cajá – outro jogador que não deu certo no Grêmio, assim como Escudero – cobrou falta para a área. O zagueiro Gabriel Paulista agradeceu a falha dos zagueiros do Inter e do goleiro Agenor para desviar de cabeça. Um Inter perdido em campo levava 2 a 0 – e Gilberto e Cassiano começavam o aquecimento.
Eliminado da Copa do Brasil pelo Salgueiro (PE) no meio da semana, o campeão baiano precisava reagir em casa. No Inter, Agenor e Kleber - que viajaram para Salvador reservas e se transformaram em titulares por medo da direção de que uma suposta ação futura de terceiros ou da procuradoria do STJD tirasse os eventuais pontos do clube, caso Muriel e Fabrício fossem escalados, uma vez que o goleiro havia sido expulso na última rodada do Brasileirão 2012 e o lateral recebeu o cartão vermelho na mais recente partida da equipe na Copa do Brasil – sem ritmo de jogo se juntavam a Juan e a Willians como os piores jogadores em campo.
Para a sorte do Inter, Fred estava em campo. Era uma das poucas jogadas lucidas do time de Dunga. Aos 29, Fred travestiu-se de Robben, passou por três marcadores e, na frente do goleiro, passou para Forlán marcar.
O 2 a 1 parecia dar uma sobrevida a um Inter irreconhecível em campo. O intervalo soou como um alívio para o Inter.
- Foram 15 minutos olhando o céu – disse D’Alessandro, definitivo, sobre o mau primeiro tempo colorado.
No segundo tempo, um Inter tentando jogar como Inter retornou do vestiário. D’Alessandro por pouco não marcou aos dois minutos. Enquanto Cassiano e Josimar substituíam aos inoperantes Rafael Moura e Willians, D’Alessandro pegava a bola na intermediária e fazia um lançamento de 30 metros nos pés de Fred, que correu com dois zagueiros e desviou para o gol. O Inter renascia em Salvador.
Antes mesmo do empate o Inter já dominava a partida. O problema é que os 11 minutos iniciais ainda comprometiam a estreia – e o Vitória já parecia recomposto do susto. Apesar do esforço, o Inter não conseguiu virar o jogo contra o seu próprio péssimo primeiro tempo. E estreou sem a desejada vitória em Salvador.