Segundo o médico Jean Zanette, pneumologista que atua no HSVP, os principais sintomas são tosse, falta de ar e chiado no peito |
O Dia Nacional de Combate à Asma, em 21 de junho, é destinado a alertar à população sobre os riscos desta doença que afeta cerca de 10% a 25% dos brasileiros, sendo responsável anualmente por 400 mil internações hospitalares e 2,5 mil mortes, segundo dados da Associação Brasileira de Alergia e Imunopatologia (Asbai). Quem traz mais informações sobre esta doença é o médico Jean Zanette, pneumologista que atua no Hospital São Vicente de Paulo (HSVP) de Três de Maio. Segundo ele, a asma é uma doença inflamatória crônica das vias aéreas que afeta principalmente os brônquios, levando a sintomas como falta de ar, chiado no peito e tosse, que podem se resolver espontaneamente ou através do uso de medicação.
Os sintomas são, na maioria dos casos, plenamente resolvidos com o uso regula de medicação específica. “As causas são múltiplas, envolvendo fatores genéticos e ambientais. História familiar positiva, isto, é, pessoas com asma na família, é um fator de risco importante para o desenvolvimento de asma. Já a questão ambiental varia de pessoa para pessoa, como alergias e hipersensibilidades”, explica Dr. Zanette, ressaltando que a região Noroeste do Estado, por ser agrícola, com exposição a diversos tipos de alérgenos, tem a tendência de um número maior de casos de asma. O diagnóstico, segundo o médico, é clínico, realizado através da história clínica e do exame físico. “O hemograma com medida de IGE, RX e espirometria são complementos para confirmação e indicadores de gravidade do quadro”.
O pneumologista ressalta que o tratamento irá se guiar na sintomatologia e na gravidade do quadro. “Alguns pacientes não necessitarão de medicação contínua, enquanto outros necessitarão de combinação de medicações. Atualmente, o tratamento da asma, na grande maioria dos casos, se dá através do uso de medicações inalatórias, algumas delas inclusive fornecidas pelo SUS”. Há, ainda, a preocupação com a asma ser confundida com outras doenças, como a doença pulmonar obstrutiva crônica. “Em casos mais raros, doenças cardíacas podem camuflar a existência da asma. Porém, os exames podem tirar a dúvida nos casos mais difíceis”, afirma Dr. Zanette.
A melhor forma de evitar as crises de asma, segundo o médico do HSVP, é principalmente fazer o uso de medicação correta de forma regular. “Atualmente, poucos são os casos de asma que não respondem ao tratamento disponível. Deve-se entender de uma vez por todas que as ditas ‘bombinhas’ não viciam, não fazem mal para o coração e que o paciente que não se trata adequadamente pode ter crises graves, além de ter uma qualidade de vida muito ruim”, finaliza.