05 junho 2013

Juiz quer fazer nova reconstituição no prédio da Kiss em Santa Maria

Manifestação em Santa Maria termina em conflito
(Foto: Bernardo Bortolotto/RBS TV)
A Justiça quer fazer uma nova reconstituição da tragédia de Santa Maria. O juiz encarregado do processo criminal sobre o incêndio na boate Kiss, Ulysses Louzada, pediu nesta terça-feira (4), ao Instituto Geral de Perícias (IGP), informações sobre as condições do prédio onde funcionava a casa noturna. Em até 10 dias, será analisado se o imóvel é seguro para receber a reconstituição, pedida pelos advogados dos réus.“Pedi a análise para não colocar em risco as pessoas que participarão da reconstituição”, explica Louzada. A tragédia, que ocorreu no dia 27 de janeiro, causou a morte de 242 jovens.

A Justiça também definiu a ordem dos sobreviventes que vão ser ouvidos nas audiências a partir do 26 de junho. Em cinco sessões, 60 vítimas devem prestar depoimentos até o dia 10 de julho. A intenção do juiz é ouvir todas as testemunhas até o final do ano.

O processo criminal vai julgar em separado os acusados por fraude processual e falso testemunho – que podem fazer acordos e não ir a julgamento – e os réus por homicídio, que ficaram presos até a última quarta-feira (29). O Ministério Público de Santa Maria tem 15 dias para recorrer da decisão do Tribunal de Justiça, que concedeu liberdade provisória aos quatro. O recurso vai ser encaminhado ao Superior Tribunal de Justiça e ao Supremo Tribunal Federal, em Brasília.